HDS: o dado é o principal elo da transformação digital
O dado é o principal elo da transformação digital e mais do que coletar e colocar esses dados na rotina, as corporações precisam definir estratégias eficazes para gerar informação efetiva ao negócio. “A transformação digital não está no app de última geração. Não está na melhor aplicação possível. Está em entender o dado e garantir perfomance e qualidade a informação”, pontuou, em entrevista ao portal Convergência Digital, o vice-presidente de Soluções e Produtos das Américas da Hitachi Data Systems (HDS), Shawn Rosemarin.
Pela primeira vez no país, Rosemarin assegura que o Brasil é relevante na estratégia global da HDS. “Temos ciência que hoje já é possível comprar storage mais barato, mas o diferencial é fazer o armazenamento ser efetivo”, pontuou. “Mais do que armazenar simplesmente, é preciso fazer os dados falarem entre si”, instiga ainda o executivo da HDS.
Segundo ele, o papel atual da companhia não é mais consolidar os dados dentro dos data centers, mas sim criar uma consolidação desses dados através de múltiplas nuvens – sejam elas públicas ou privadas – e aplicações, como Enterprise ou SaaS. Rosemarin confirmou ainda a manutenção da fabricação local de storage – a HDS tem PPB (processo produtivo básico) – mas diz que o hardware hoje não é mais a estrela dos negócios.
“Produzir no Brasil nos ajuda a dar um suporte maior aos clientes, mas a diferença está no software e na gestão”, salientou o VP. Os mercados de varejo, finanças e telecomunicações seguem sendo os que mais investem para transformar o dado em informação. A Internet das Coisas, pondera ainda o Rosemarin, chegou para ficar e vai gerar ainda mais dado, mas não terá como crescer mais e mais se não houver computação em nuvem.
“A ordem do dia nas empresas é entender como monetizar essas informações que virão das máquinas e que vão se somar às informações geradas no negócio”, preconizou o VP, que aproveitou a estada aqui para fazer uma série de visitas a clientes.
O diretor de vendas e produtos da HDS na América Latina, Marcelo Sales, diz que o Brasil passa por um momento de retomada dos negócios depois da instabilidade política e econômica. Segundo ele, as corporações estão aderindo mais à nuvem pública, mas querem ter a gestão dos seus dados. Um dos clientes da HDS é o Serpro, que nesse momento, desenvolve um projeto para valorizar os dados oriundos das notas fiscais eletrônicas. “É um projeto conduzido pelo Serpro, mas que estamos fazendo parte. É o big data ganhando força no governo”, completa.