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Governo quer cardápio único de aplicações na Internet, mas sem app obrigatório

Termina neste mês de março o prazo para que os órgãos públicos federais apresentem seu plano de integração à Plataforma de Cidadania Digital, que pretende ser o único repositório de serviços online na relação dos brasileiros com o governo. 

“O cidadão precisa enxergar o governo como um só, não como suas diversas agências governamentais. O portal de serviços é o repositório único de serviços digitais ao cidadão, como se fosse um cardápio de restaurante. Lá estão cadastrados todos os serviços que o governo federal oferece”, explicou o diretor do departamento de governo digital do Ministério do Planejamento, Wagner Araújo, ao participar do 2º Seminário Brasscom Políticas Públicas & Negócios, realizado nos dias 15 e 16 de março, em Brasília.

Além de incentivar órgãos que já possuem serviços digitais a migrarem para a plataforma única, a Secretaria de Tecnologia da Informação também quer facilitar a oferta desse tipo de atendimento nos órgãos que ainda não estão preparados para isso. 

“O governo é diverso. Os órgãos públicos que já tem TI consolidada e serviços consolidados não precisam mexer em sua estratégia, apenas aderir à plataforma para autenticação e a lista de serviços. Para o órgão que não tem maturidade para oferecer, o Ministério do Planejamento já lançou uma consulta pública e pretende adquirir muito em breve, ainda em março ou abril, uma ferramenta que facilita a automação dos serviços públicos. A ideia não é apenas cobrar, mas apoiar.”

Segundo ele, embora não seja compulsória a oferta de serviços móveis, ela é desejável. Pelo menos de forma a que seja possível acessar os serviços desses dispositivos. “Aplicativo não é uma exigência, mas é algo que chamamos atenção de imediato que os sites precisam ser responsivos. Nem todo mundo quer baixar um aplicativo de governo, mas quer consumir essa solução pelo celular”, diz Araújo.


Ele acredita que até o fim deste ano haverá novos serviços já intregrados com a nova plataforma. “Se houver boa vontade dos órgãos, ainda em 2017 podemos ter os primeiros serviços interativos. O módulo de automação de serviços públicos digitais permite isso. Já temos isso no Brasil. A Receita tem uma gama enorme. O INSS já tinha alguns produtos e tem lançando mais. O MEC é um expoente fantástico. Mas ainda distribuídos. O cidadão quer enxergar o serviços.gov.br como único ponto de contato na sua relação com o governo federal.” Assistam a entrevista.

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