TIM, Claro e Oi perdem 16 milhões de clientes em um ano
Segue firme o forte ajuste na telefonia móvel, com quedas consistentes no número de acessos ativos desde o pico, em meados de 2015. Com as reduções das tarifas de interconexão, que vão dispensando a necessidade dos brasileiros manterem um chip de cada operadora, associada à crise econômica, o mercado já perdeu 50 milhões de acessos pré-pagos.
Por isso mesmo, o maior impacto desse movimento tem sido nas operadoras com maior presença no mercado pré-pago. Desde que a queda começou, TIM, Claro e Oi já perderam 33 milhões de acessos ativos. A Vivo perdeu 6 milhões, mas é a única das quatro grandes em que a sangria parece ter estancado – é também a menos dependente dos pré-pagos.
Em fevereiro deste ano, Claro e Oi até conseguiram adicionar clientes (47 mil e 71 mil, respectivamente), mas nada que compense as perdas dos últimos 12 meses (5,2 milhões e 5,7 milhões). No mês, a Tim teve a pior performance, com o desligamento de 689,5 mil chips (em um ano a perda chega a 5,1 milhões).
Como resultado, o mercado total encerrou fevereiro com 242,9 milhões de linhas de celular em funcionamento, número 15,1 milhões menor do que registrava em fevereiro de 2016 – e 40 milhões mais baixo desde que a crise do setor começou, em junho de 2015.
Nessa toada, até o 4G apresentou um crescimento bem menor. Foram 1,7 milhão de novas linhas na passagem de janeiro para fevereiro, cerca de um terço do crescimento de dezembro para janeiro (4,7 milhões) – o que já reduziu o crescimento que vinha a 170% para coisa de 120% em 12 meses.