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Inteligência artificial: muito além dos departamentos de TI

Um estudo feito pela Tata Consultancy Services, especializada em consultoria e serviços de TI, apurou que 84% das empresas consideram o uso da IA “essencial” para a competitividade, com mais 50% vendo a tecnologia como “transformadora”. O levantamento entrevistou 835 executivos, de 13 setores da indústria, em quatro regiões do mundo, entre elas, o Brasil.

Ao explorar as visões e ações dos responsáveis pelas decisões em empresas globais com receita média de US$ 20 bilhões, o estudo, batizado como “Getting Smarter by the Day: How AI is Elevating the Performance of Global Companies” (“Tornando-se mais inteligente a cada dia: como a IA está elevando o desempenho de empresas globais”), assegura que a Inteligência Artificial se distribuiu pelas empresas.

Pelo relatório, os que mais adotam a IA hoje são, como já se esperava, os departamentos de TI, com dois terços (67%) dos entrevistados usando IA para detectar intrusões de segurança, problemas de usuário e automação. No entanto, quase um terço (32%) das empresas acredita que o maior impacto da IA até 2020 será em vendas, marketing ou atendimento ao cliente, enquanto um em cada cinco (20%) prevê que o maior impacto da IA será em funções corporativas não relacionadas diretamente a clientes, a exemplo de finanças, planejamento estratégico, desenvolvimento empresarial e Recursos Humanos.

As empresas que participaram do estudo fazem parte de diversos setores, incluindo automotivo, bancário e financeiro, de energia, saúde, ciências biológicas, manufatura e varejo. Esse aspecto multissetorial destacou o impacto da IA no local de trabalho como uma importante força complementar para os próximos anos. Alguns exemplos vêm do uso da IA para orientar representantes de atendimento ao cliente a resolver problemas mais rapidamente e antecipar futuras compras, reconciliar com agilidade e precisão transações em massa durante a noite para instituições financeiras, ou liberar tempo dos profissionais de RH ao administrar os longos processos de ambientação de novos contratados.

Quanto ao debate em curso sobre o impacto da IA nos empregos, os executivos entrevistados estimam uma redução líquida entre 4% e 7%. em cada função até 2020. No entanto, as empresas com os maiores ganhos de receita e eficiência de custo gerados pela IA veem uma demanda, pelo menos, três vezes maior por novos postos de trabalho em cada função até 2020 por conta da IA, em comparação com empresas com menores ganhos de receita e eficiência de custo relacionados à IA. A inteligência artificial já está sendo usada para automatizar determinados processos e impulsionar a eficiência, ajudar funcionários a serem mais produtivos, dedicar mais tempo a funções de negócios mais estratégicas e criar novos trabalhos e serviços que não eram possíveis no passado.


“À medida que começam a ter uma melhor compreensão da aplicação da IA nos negócios, as empresas percebem o impacto significativo dessa força transformadora. Isso está refletido no nosso Estudo Global de Tendências, que mostra que as empresas com visão de futuro estão começando a fazer grandes investimentos em IA”, afirma K Ananth Krishnan, Executive Vice President and Chief Technology Officer (CTO) da TCS. “Dada a crescente ruptura digital em todos os setores, inclusive o público, IA deve se tornar fundamental e um componente integrado à estratégia das organizações.”

Investimentos e retornos gerados pela IA estão crescendo; América do Norte e Europa lideram

Com a IA se tornando uma tecnologia difundida, os investimentos financeiros na tecnologia devem crescer, já que 7% das empresas destinaram, pelo menos, US$ 250 milhões cada uma para IA em 2016, e 2% já planejam investir mais de US$ 1 bilhão até 2020 – provavelmente buscando conquistar uma vantagem competitiva como primeiros a adotar a IA.

O Estudo Global de Tendências revelou uma clara correlação entre investimentos em IA e impacto nos negócios. As empresas que conquistaram os maiores ganhos de receita e redução de custo relacionados com IA, investiram cinco vezes mais na tecnologia do que as empresas com menores ganhos de receita e redução de custo associados à IA. Os líderes geraram um aumento médio da receita de 16% a partir de iniciativas de IA em 2015 versus 2014, enquanto os retardatários viram um modesto crescimento na receita de 5%. Regionalmente, as empresas norte-americanas foram as principais investidoras em IA em 2015, com um valor médio por empresa de US$ 80 milhões, seguidas pelas europeias com US$ 73 milhões, as empresas da região Ásia-Pacífico com US$ 55 milhões e as da América Latina com US$ 51 milhões.

Segurança cibernética é a principal razão para se adotar IA

Os executivos participantes no Estudo Global de Tendências em todas as regiões e setores apontaram quatro fatores como os mais importantes na aceitação generalizada e benefícios da IA para os negócios. Quase sete em 10 empresas (68%) usam atualmente a IA para detectar e prevenir potenciais ataques e ameaças à segurança dos sistemas. Outros fatores importantes incluem o desenvolvimento de sistemas cognitivos que aprendem continuamente e têm a capacidade de tomar decisões confiáveis e seguras baseados em massas de dados, e ganhar a confiança dos gestores para usar as recomendações da IA sobre o que devem fazer.

O sétimo Estudo Global de Tendências realizado anualmente pela TCS entrevistou 835 executivos de empresas em quatro regiões do mundo, com um faturamento anual médio individual de US$ 20 bilhões. As quatro regiões pesquisadas foram América do Norte (incluindo Canadá), Europa (Reino Unido, Alemanha, França, Dinamarca e Suíça), Ásia-Pacífico (Índia, China, Austrália e Japão) e América Latina (Brasil e México).  O estudo foi concluído em junho de 2016. Para obter mais informações ou para fazer o download do estudo, acesse http://sites.tcs.com/artificial-intelligence/

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