Telecom

Oi rejeita MP em causa própria e refuta motivos para intervenção

O presidente da Oi, Marco Schroeder, sustenta que não há nenhum motivo operacional – nem para cliente nem para o setor de telecomunicações – que determine uma possível intervenção federal na Oi. “Entendo que a Anatel se prepare para uma eventualidade, é o papel da agência, mas estamos trabalhando para assegurar a sustentabilidade da Oi. A emrpesa gera caixa de forma consistente, aumentou investimentos e há uma boa performance operacional. Não há qualquer sinal de risco para o serviço prestado pela Oi”, ressaltou o executivo, durante a teleconferência de resultados do primeiro trimestre, realizada nesta quinta-feira, 11/05.

Schoroeder deixou claro que o cenário macroeconômico ainda é incerto no país e afetou o segmento de pré-pago, com a redução das recargas, mas apontou que o pós-pago está aumentando a sua rentabilidade. O residencial, com o combo, teve crescimento expressivo e forte redução de churn. “O cliente que tem o combo reduziu em mais de 80% o churn”, comemorou.

O segmento corporativo também não teve um bom desempenho, com uma queda de 17,8% em relação ao primeiro trimestre de 2016. “Há o impacto dos contratos com os governos federal, estaduais e municipais, além da redução de custos, mas é preciso explicar que essa queda é provocada por contratos pontuais do ano passado. Se não fossem eles, essa queda ficaria em 10.2%, ainda preocupante, mas que é também causada pela crise do país”, detalhou ainda o presidente da Oi.

Com relação à Medida Provisória do Governo, que está sendo chamada de MP da Oi, Marco Schroeder foi incisivo. “Essa MP não é da Oi. Ela beneficia todos o setor de Telecomunicações. Ela vai nos permitir trocar dívidas, que contestamos pelos valores, por investimentos. Ela vai vir para destravar investimentos. Esperamos que ela entre na prioridade do governo”, completou.

Balanço financeiro


No balanço financeiro do primeiro trimestre, divulgado pela Oi, o prejuízo líquido no primeiro trimestre bem inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, em um resultado apoiado por efeitos da queda de juros e da valorização do real sobre a dívida da companhia. A Oi teve prejuízo líquido de 200 milhões de reais de janeiro a março, ante o resultado negativo de 1,815 bilhão de reais um ano antes.

A receita líquida de serviços continuou a cair, recuando 7,3 por cento sobre o primeiro trimestre de 2016, em meio à crise econômica do país que pesou sobre os planos pré-pagos e sobre as financias dos governos municipais e estaduais que têm enfrentado dificuldades para pagar suas contas. Mas a receita de serviços móveis teve oscilação positiva de 0,2 por cento ante o quarto trimestre, em um sinal de que a flexibilização dos planos de dados e os primeiros sinais de recuperação econômica podem ter interrompido a queda.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia em recuperação judicial foi de 1,72 bilhão de reais de janeiro a março, queda anual de 2,4 por cento. As despesas operacionais caíram cerca de 10%, com foco da empresa em melhoria de eficiência. A operadora ampliou em 1,9% os investimentos no 1T17 em comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo R$ 1,2 bilhão no trimestre e representando 20,2% da receita total líquida.

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