Criptomoedas triplicam em um ano e são usadas por 5 milhões no mundo
O Centro de Finanças Alternativas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, apresentou o que parece ser o primeiro estudo global sobre o uso das criptomoedas, como as bitcoins, e concluiu que essa tecnologia experimenta um crescimento explosivo. Só no ano passado esse mercado triplicou, chegando a abril de 2017 em estimados US$ 27 bilhões, ou cerca de R$ 90 bilhões.
“As descobertas são chocantes e provocantes. A adoção das vários criptomoedas realmente disparou, com bilhões em capitalização de mercado e milhões de carteiras ativas a partir de 2016. É uma indústria tanto globalizada como localizada, sem fronteiras nas operações de trocas, mas com mineração geograficamente concentrada. É uma indústria cada vez mais fluida, com as linhas entre transações e carteiras cada vez mais borradas e uma multitude de moedas, não apenas bitcoin, suportadas por um ecossistema em crescimento”, diz a análise dos pesquisadores Garrick Hileman e Michel Rauchs.
O estudo aponta que existem no mundo entre 2,9 milhões a 5,8 milhões de pessoas que já fazem uso das diversas criptomoedas existentes. A Bitcoin ainda é a principal delas, respondendo por cerca de 72% do mercado, mas há outras como Ether (16%), Dash (3%), Monero, Ripple e Litecoin, cada uma com cerca de 1% do total. Embora a participação da Bitcoin tenha caído (era 86% do total em 2015), ainda é a mais aceita por quase uma centena e meia de organizações globais envolvidas com essa tecnologia.
A pesquisa identificou, ainda, que há pelo menos 1.876 pessoas trabalhando em tempo integral na indústria de criptomoedas – mas o número deve superar os 2 mil uma vez que grandes organizações de mineração não indicaram números precisos sobre pessoal envolvido.