Telecom

Oi aposta em plataforma IoT e CRM baseada em Wi-Fi

Oferecer para o segmento corporativo uma plataforma que permite às empresas conhecer melhor seus clientes e interagir com eles, além da possibilidade de instalação de sensores em diversos pontos para monitoração de produtos e fluxo de pessoas no ambiente, é a nova aposta da operadora Oi.

Batizado de WiFi Business, o lançamento visa a aumentar a penetração da Oi no mercado corporativo e tem como objetivo obter cerca de 3 mil clientes da atual base dentro de um prazo de três anos, conforme explicou Luiz Carlos Faray, diretor de TI do B2B da Oi, em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira,21/06.

O WiFi Business mistura funcionalidades de internet das coisas, relacionamento com cliente (CRM) e análise de dados. Inicialmente, a telco focará nas verticais de varejo, hotelaria, saúde, educação e financeiro. Há, inclusive, projeto piloto em andamento, mas a Oi não divulga o nome das companhias testando a solução.

O modelo de comercialização é como serviço, no qual a empresa compradora paga pelo uso. A Oi não revelou os preços praticados no WiFi Business. “É uma venda consultiva e o valor depende se a empresa, por exemplo, tem CRM ou não, de quais integrações terão de ser feitas, do que será monitorado, entre outros”, explicou Faray.

A plataforma foi construída com parceiros como Aruba no fornecimento dos dispositivos e as empresas Skyfi, Konker e Zoox nas aplicações. Com o WiFi Business, a Oi atua como uma integradora de soluções, sendo a única interface para os clientes.


Segundo Faray, a tecnologia Wi-Fi é a que possibilita a integração e conectividade da plataforma. Para o futuro, a telco acredita que haverá integração da plataforma em Wi-Fi com a rede de telefonia móvel, possibilitando a expansão do alcance da interação com o cliente — por exemplo, identificando-o e enviando comunicações por SMS.

A telco não divulga quanto investiu para construir a plataforma. Faray disse apenas que a Oi investiu, nos últimos três anos, cerca de R$ 100 milhões em recursos de TI para aprimorar o portfólio da unidade B2B e que tem como objetivo aumentar o faturamento da oferta de TI em porcentual acima da média de mercado.

A Oi que possui 5 mil clientes no segmento corporativo e 1,2 milhão no segmento empresarial. De acordo com a Oi, B2B responde por cerca de 30% da sua receita. No entanto, no primeiro trimestre deste ano, a unidade de B2B registrou queda de faturamento de 17,7% na comparação anual com o 1T16 e queda de 4,9% em relação ao 4T16.

Cátia Tokoro, vice-presidente da unidade B2B da Oi, justificou que a retração deveu-se à revisão de contratos, principalmente, de autarquias do setor público. “Nossa receita de governo é muito expressiva e houve revisão do escopo de contratação e downgrade para se adequar ao orçamento”, afirmou, completando que, no setor privado, algumas empresas também fizeram adequações. 

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