Mercado

Passaporte será primeiro serviço com integração de dados do governo

O sistema unificado, ou um guichê único federal, ainda é coisa para 2018. Mas o Ministério do Planejamento calcula que ainda este ano haverá os primeiros benefícios da integração de bancos de dados do governo. A primeira meta é o passaporte, que a partir de outubro dispensará certos documentos hoje exigidos na emissão. 

“Hoje temos 800 serviços de governo federal sendo prestados. Estamos mapeando os de maior relevância, maior impacto, e fazendo esse tipo de automação. E antecipando os que podem ser lançados antes. No caso do passaporte, a meta é outubro, que não vai precisar mais levar certificado de reservista, comprovante de que votou na última eleição e título eleitoral”, diz o secretário de TICs, Marcelo Pagotti. 

A Setic já coordena o que chama de Govdata, que é a iniciativa de integração dos diferentes bancos de dados dos órgãos públicos, e paralelamente no Conectagov, que é preparação técnica para a troca de informações: o desenvolvimento de APIs para que as diferentes bases sejam usadas, inclusive por soluções a serem criadas pela iniciativa privada. 

Daí que além dessa integração inicial para emissão do passaporte a Setic também esteja custeando o desenvolvimento dos primeiros APIs, tanto para consumo interno governamental como para eventual criação de serviços pela iniciativa privada. No primeiro grupo estão sistemas de consumo amplo como os que tratam das bases relacionadas ao funcionalismo público (Sicap, Siape, Sigepe). No segundo, CPF, Biometria e INSS. 

“Alguns serviços interessam a todos. Como CPF, biometria, que todo mundo vai querer usar. Então aquilo que a gente entende que é um serviço que atende a todo mundo, o Planejamento vai custear. Por exemplo, o Fies, que precisa pegar uma informação lá no INSS. Vamos bancar essa informação porque atende 600 mil pessoas. Essa é a visão”, afirma Pagotti. 


O primeiro alvo nesse caso é o Sicaf, o sistema de cadastro de fornecedores do governo federal. “Para se ter uma ideia, só um único banco estatal aloca 200 pessoas por dia para fazer interação com o Sicaf, porque toda a licitação que faz precisa ir consultar. Outro projeto é o Passe Livre. A lei permite que deficientes ou pobres possam andar em ônibus interestaduais. Vamos colocar um sistema para facilitar a vida desse pessoal, até chegar ao ponto em que ele poderá colocar a digital dele na rodoviária e entrar”, promete o secretário de TIC.

*Colaborou Luiz Queiroz.

Botão Voltar ao topo