Quase três anos depois, provedores ainda lutam por preço menor por postes

Alvos de um seminário promovido nesta quarta, 5/7, pela Anatel, os pequenos provedores de acesso a internet aproveitaram a reunião para lembrar que ainda existe uma série de gargalos que dificulta a atuação dessas empresas no mercado. Em especial, apontam para problemas na aplicação do valor de referência no aluguel de postes do setor elétrico. 

“O provedor, para ser competitivo, chega com internet em valor reduzido e acaba com tíquete médio baixo. E precisa, portanto, ter custos reduzidos, e um desses fatores é o poste. Mas como foi demonstrado no estudo recente de uma consultoria, o preço dos postes ainda vai de R$ 3 a mais de R$ 20”, destacou o diretor da Abranet, André Costa. 

Vale lembrar que no fim de 2014, depois de muitas tratativas, Anatel e Aneel chegaram aos R$ 3,19 como valor de referência para o aluguel de ponto nos postes do setor elétrico pelas empresas de telecom. A queixa dos provedores é que o abismo por porte no preço cobrado permaneceu. 

Como emenda o diretor de regulação da Abrint, Carlos Godoy, o desequilíbrio é ruim para o mercado. “É necessário equilíbrio competitivo dos pequenos com grandes operadoras. Na questão dos postes, ganhamos mas não levamos. A Anatel, em esforço louvável, conseguiu acertar o preço, mas três anos depois continuamos pagando valores absurdos, muito diferente do cobrado das operadoras de grande porte, porque as ofertas publicas não aconteceram.”

Franquia


Os provedores também lamentam o avanço do PL 7182/17 (antes PLS 174/16, no Senado), que proíbe a venda de acesso a internet com previsão de limites de dados, as franquias. “Vemos com preocupação avanço do PL, porque apesar do avanço da fibra, a maior parte dos clientes ainda é atendida por rádio, o que dificulta comercialização exclusiva de planos sem franquia. Caso o PL seja aprovado, haverá aumento de preço do usuário final ou redução das velocidades disponíveis para os assinantes. É importante que Anatel conclua o mais rápido possível a análise de impacto regulatório para informar o quanto antes aos parlamentares sobre os impactos”, disse Godoy.

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