Telecom

Telefonia fixa vai desaparecer como morreram o telex e o fax

A telefonia fixa vai desaparecer até 2025, quando os contratos de concessão terminam como aconteceu com outros serviços como o telex e o fax, preconizou o presidente da Telefônica Vivo, Eduardo Navarro, ao participar nesta sexta-feira, 21/07, do Workshop de Telecomunicações da FIESP sobre os 20 anos da privatização do setor, na capital paulista.

“Hoje temos 44 milhões de linhas fixas, mas porque ainda vendemos telefonia fixa com a banda larga fixa. Se houver a desconexão, certamente, a telefonia fixa vai desabar no curto prazo”, destacou Navarro, frisando que todas as obrigações do setor estão voltadas para o serviço. “A revisão da Lei de Telecom se faz necessária porque é preciso investir onde o Brasil precisa: Banda Larga”, atestou.

A afirmação de Navarro veio logo após a apresentação do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto kassab, que foi taxativo: O Brasil deixa a desejar em infraestrutura de banda larga e precisa trabalhar muito para ter rede capaz de fomentar o acesso à Internet em todas as regiões. Dados da Anatel revelam que, hoje, há cerca de dois mil municípios sem banda larga, e pior, sem perspectiva de ter investimentos, uma vez que não há recursos públicos para fomentar a infraestrutura.

O presidente da Telefônica Vivo, Eduardo Navarro, fez a ‘mea culpa’ do setor ao admitir que apenas 400 cidades no Brasil têm banda larga com velocidade acima de 10 Mbits. “O ritmo de investimento está sendo muito lento, muito abaixo mesmo. Nós mesmo, no ano passado, fizemos apenas duas cidades com banda larga fixa. Estamos apostando mais na banda larga móvel por conta da receita. E isso não é aceitável para o Brasil, absolutamente. E como nós, estão todas as demais operadoras”, completou.


Botão Voltar ao topo