Inovação

São Paulo busca investimento para se tornar um hub global de Inovação

São Paulo busca investimentos para se tornar um hub global de Inovação e uma das ações é estreitar a parceria com países como Israel, que em 2016, obteve US$ 5 bilhões de financiamento, com 86% de capital estrangeiro. Essa foi uma das constatações do Spin 2017 – SPInnovationSummit,realizado na semana passada, em São Paulo.

O diretor executivo da Harpia Capital e organizador do evento,  Ric Scheinkman, advertiu: Não haverá crescimento do Produto Interno Bruto pensando apenas em commodities e no agronegócio. “Inovação e tecnologia são cruciais para um País se consolidar. O Brasil precisa fazer mais. Se não fizer vai ficar para trás e fora dessa revolução digital”.

Scheinkman observa que, em Israel, cerca de 1000 empresas startups se consolidam por ano, aqui no Brasil, esse número não chega a duas dezenas. “Temos o quê? 15 empresas no máximo que conseguem efetivamente se destacar”. O investidor conta que, em Israel, cada dólar colocado em Inovação determina um retorno de US$ 5 a US$ 6. O investimento de Pesquisa e Desenvolvimento chega a 4,4% do PIB, enquanto aqui não chega a 1,2%.

“Precisamos, sim, de políticas públicas, de curto prazo, mas o projeto de Inovação tem de ser feito para durar 20, 30 anos. Não é uma questão de um governo. A visão de curto prazo do Brasil é muito preocupante”, reforça Ric Scheinkman. Uma das ações já compactuadas em parceria com Israel, em São Paulo, é a capacitação de profissionais. “Há uma série de parcerias sendo conduzidas. Capacitar profissionais atrai investimentos estrangeiros. São Paulo precisa ser o hub de Inovação do Brasil. São Paulo concentra 30% do PIB brasileiro “, reforça.

Com relação ao mercado brasileiro, o sócio da Harpia Capital manda um recado para as empresas. “O jogo da regionalização acabou. O mercado local é bom, mas uma empresa não pode pensar em atuar só no seu quintal. Se ela não se estruturar para ser global, ela não vai dar resultados”. O Spin2017 mostrou que, hoje, Israel tem mais de 430 empresas de cyber security e 40 centros internacionais de P&D. É o segundo maior exportador global de cyber security, recebendo 20% dos investimentos globais em empresas de segurança cibernética em 2015. Em 2015, Israel exportou mais de US$ 6 bi em segurança cibernética, equivalente a 10% do mercado global.


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