Operações suspensas: o pesadelo das empresas
Empresas como Facebook, Twitter, Microsoft e China Telecom têm muito em comum além da tecnologia. Elas já tiveram suas operações interrompidas por falhas no datacenter e acumularam grandes prejuízos por isso, que vão muito além do financeiro. Comprometeram também credibilidade, e, num mundo totalmente conectado, falhas ou atrasos em qualquer operação significa perda de vendas e produtividade, o que impacta diretamente nas metas financeiras e na reputação.
Essa realidade demanda a utilização de produtos e equipamentos que possam assegurar que os servidores, dispositivos de armazenamentos e periféricos de segurança estejam operando em condições adequadas e permaneçam funcionando sempre, mesmo com falta de energia e outros fatores não controláveis. Essa é uma condição sine qua non para a economia digital e a pergunta que todo CIO ou CSO deve fazer é: qual é o custo da interrupção das operações?
Quando se trata de tempo de inatividade da rede, é prudente implementar um plano de prevenção. E é por isso que é importante entender a diferença entre uma rede bem estruturada e gerenciada e as soluções corretivas, o que leva a resultados substancialmente diferentes, sendo um proativo e outro reativo. Considerando os custos de tempo de inatividade e quanto custa realmente o seu negócio, é preciso considerar as seguintes etapas para a mitigação de problemas:
• Encontrando a causa:Gastos para investigar o incidente de interrupção parcial ou total.
• Manter a interrupção contida: Gastos para evitar que uma interrupção se espalhe, piora ou causando uma maior interrupção.
• Custo de recuperação:Gastos para recuperar as redes e os sistemas principais da sua organização de volta ao estado original.
• Custo de resposta: todos os custos incidentais após o fato associados à interrupção e recuperação de negócios.
• Custo do equipamento: o custo das compras e reparos de novos equipamentos, incluindo a remodelação.
• Perda de produtividade de TI: o tempo perdido e as despesas relacionadas associadas ao tempo de inatividade do pessoal de TI.
• Perda de produtividade do usuário: o tempo perdido e as despesas relacionadas associadas ao tempo de inatividade do usuário final.
• Custo de terceiros: o custo dos consultores e do projeto de trabalho.
Dentre todos os custos relacionados, o de maior impacto é o tempo de inatividade na produtividade dos funcionários. De acordo com o estudo 2015 IHS Markit, as empresas norte-americanas perdem até US $ 700 bilhões por ano relacionadas a interrupções de TI. Isso inclui uma perda de 78% na produtividade dos funcionários. A perda de receita total pela incapacidade dos funcionários para acessar os sistemas principais durante o período de interrupção marca apenas o início do efeito de dominó negativo que causará problemas de interrupção e volta às operações
.
É importante ver os recursos de TI como estratégicos, e na montagem da infraestrutura é importante pesquisar entre os players do mercado quais aqueles que oferecem equipamentos confiáveis e suporte às operações. Assinar um contrato de produtos e serviços com um valor mais baixo do mercado nem sempre assegura um bom negócio.
No caso do mercado de telecomunicações, as redes de fibra óptica necessitam de transceptores ópticos para funcionar e a proliferação da computação em nuvem e da digitalização das empresas gera mais demanda por datacenters. Por isso, a qualidade e a capacidade de transmissão precisam ser garantidas para que o país alcance o patamar de qualidade dos mercados maduros.
*Rudinei Santos Carapinheiro é diretor para desenvolvimento de negócios da Skylane Optics