Mão de obra é o “Calcanhar de Aquiles” da Inteligência Artificial
A Inteligência Artificial (IA) [1] tem se espalhado pelo mundo afora e motivado grande interesse das corporações. Já se fala até que a IA é a “nova eletricidade” [2] que vai impactar nas organizações da mesma forma que a eletricidade fez no século 19 [3].
A IA vai transformar completamente nossas vidas [3.1]. Nos próximos anos “não sobrará pedra sobre pedra” (no bom sentido evidente!) em virtude das transformações que a IA fará nas corporações [4]. A sua Organização já está pronta para a IA? [5] Lembre-se que antes de implantar a IA na sua Organização ela terá que passar por um processo de Transformação Digital (jargão que está muito na moda) para ser “digitalizada”. A “Digitalização” da empresa é pré-requisito para a IA … done!
A renomada consultora McKinsey disse recentemente que “o poder de disrupção provocado pelo Big Data, pela Internet das Coisas (IoT) e pela a IA será tão grande nas Organizações que a dinâmica da liderança tecnológica do processo de transformação será invertida” e que a consequente transformação deverá ser conduzida pelo CEO da empresa e não pelo CIO (ou outra função gerencial qualquer) [6]. Se a IA não está na agenda do CEO da Organização, ele deverá ser trocado pois não terá capacidade de conduzir a “transformação digital” necessária pela empresa nos próximos anos!
A importância da IA no mundo atual também se traduz na agenda dos VCs [6.1] para investimentos em 2018 juntamente com o “badalado” Blockchain [6.2], Voz [6.3] e Comunicação com Animais através de tecnologia (pasmem vocês!).
Para piorar as coisas nas empresas que querem agilizar a implantação da IA nos seus processos, elas estão enfrentando um grande “inimigo”: a falta de mão de obra especializada em IA (o tal do “cientista de dados”) … este é o grande “Calcanhar de Aquiles” da IA atualmente. Segundo pesquisa recente [7] do Tencent Research Institute (da gigante chinesa Tencent [8]) existem apenas 300 mil “pesquisadores e praticantes de IA” no mundo enquanto demanda mundial de mercado chega a “milhões” de vagas de trabalho [9].
Em todo o mundo, os gigantes da tecnologia reclamam regularmente sobre a dificuldade em se contratar “cientista de dados” de IA e a demanda levou os salários a níveis estratosféricos. Indivíduos com apenas alguns anos de experiência estão recebendo um pagamento básico entre US$ 300.000 e US$ 500.000 por ano, segundo o The New York Times [10], enquanto o melhor profissional poderá auferir até milhões. Um laboratório independente de IA disse ao pessoal da Tencent que havia apenas 10 mil indivíduos em todo o mundo com as habilidades certas para encabeçar projetos sérios de IA (sic!).
O relatório da Tencent sugere que o gargalo é a educação e a formação de mão de obra capacitada. Muitas instituições de ensino ainda não perceberam o “boom” da IA. O estudo estima que 200 mil dos 300 mil pesquisadores ativos de IA já estão empregados em várias indústrias (não apenas nas empresas de tecnologia), enquanto os restantes 100 mil ainda estão estudando.
A participação em cursos de Aprendizagem de Máquina (ML = “Machine Learning” [10.1]) e IA aumentou rapidamente nos últimos anos, assim como a matrícula em cursos “online”, mas obviamente há um atraso até os estudantes concluírem a sua formação. Os algoritmos de ML é o “grande carro chefe” da IA e conhecimento deles está supervalorizado no mercado! [10.2]. Conheça mais sobre “Machine Learning” aqui nesta excelente apresentação de Jason Mayes do Google [10.3].
Um caso pitoresco dessa busca frenética por recursos de IA vem da China de uma startup que está fechando um pacote de compensação (“compensation”) acima de 3,0 MUS$ (de salário mais opção de ações e bônus) – isso mesmo, disse 3 milhões de dólares – por ano para contratar um profissional de IA. Na China, os engenheiros sênior de IA estão recebendo de 1,0 a 2,0 MUS$ por ano embora a maior parte seja em “stock options” [11] … tá bom para você?! Vamos para a China?
Na batalha pelos recursos de IA as grandes corporações de tecnologia como o Google, Amazon, Microsoft, Facebook, Apple, Alibaba, Baidu, Uber e outras estão travando uma batalha sem trégua pelos recursos de IA e, nessa busca desenfreada pela competência de IA, eles estão “roubando” a competência de IA existente nas mais famosas universidades dos EUA (como Stanford, Carnegie Mellon e Harvard por exemplo). Ver referências sobre essa “captura” de talentos da academia em [12]. Esse movimento de captura de talentos de IA nas universidades pode – a médio prazo – complicar ainda mais a escassez de mão de obra de IA à medida que poderá comprometer a formação de novos cientistas de IA. Já tem gente achando que a melhor forma é as empresas de tecnologia e as universidades trabalharem em conjunto para construir o futuro da IA [13]. Um ponto interessante dessa disputa de recursos humano da IA é que ela é muito “bombada” exatamente pelos grandes players de tecnologia [14] e também por novas empresas que já começaram de forma digital pois são mais recentes.
Aqui temos uma grande ameaça às empresas convencionais que é quando os “mamutes” de tecnologia se interessarem também pelo negócio convencional das empresas normais como a Amazon está fazendo no varejo normal (com a compra da Whole Foods nos EUA [14.1]) e o recente interesse dela no mercado de “pharma” [14.2] para atuar como empresa de PBM (“Pharmacy Benefit Management”) [14.3] onde atuam nos EUA as famosas Walgreens e CVS e, no Brasil, temos como grande destaque a ePharma. Nunca é demais lembrar que a Amazon já deixa o pessoal do varejo de “cabelo em pé” até mesmo aqui no Brasil!
A grande busca mundial pelo talento de IA pelas empresas que estão mais avançadas na tecnologia de IA está motivando algumas delas a implementar soluções inovadoras como a de montar suas próprias universidades para formar a sua mão de obra. O Airbnb inaugurou esse processo em maio de 2017 [15] e foi seguido pela Microsoft em dezembro de 2017 [16].
Uma outra forma da empresa ou indústria “encurtar o caminho” e agilizar o seu processo de implantação da IA é estabelecer parcerias com universidades bem posicionadas nessa tecnologia. Três bons exemplos aqui vêm da indústria de aviação e defesa americana e europeia, a saber: (a) a Boeing anunciou em outubro de 2015 a sua parceria com a Universidade de Carnegie Mellon (que tem o maior laboratório de robótica do mundo, o “The Robotics Institute” [16.1]) para desenvolver o “Aerospace Data Analytics Lab”, em uma tentativa de usar a tecnologia de “Machine Learning” para transformar enormes “pilhas” de informações das operações dos seus aviões em todo o mundo em “ouro” na tomada de decisões/ações [16.2]; (b) na sua busca por capacitação em IA, a Lockheed Martin fechou em 2016 uma parceria de colaboração com o MIT [16.3].
Este é um movimento comum de quem quer reduzir o “gap” de capacitação e acelerar os resultados em IA; (c) e a Airbus europeia fechou parceria com o Centro de Pesquisa Alemão para Inteligência Artificial (German Research Center for Artificial Intelligence – DFKI) [16.4]) para desenvolver projetos de IA em conjunto para criação de produtos inovadores [16.5].
Além de estimular a “corrida ao ouro” na busca de talentos de IA, o relatório da Tencent também especula sobre uma competição global para desenvolver e implantar a tecnologia de IA. Este assunto tornou-se um tópico popular nos últimos meses com a divulgação de mensagens de “gossip” político, com especialistas nos EUA advertindo que a América está ficando atrás de rivais como a China na chamada “corrida global de IA”.
O próprio estudo identifica os EUA, a China, o Japão e o Reino Unido como os principais players mundial de IA, com Israel e o Canadá também justificando menções. O Canadá, diz o relatório, tem uma formação sólida em IA (que atraiu muitas empresas grandes para lançar laboratórios de pesquisa lá), enquanto o Reino Unido é o melhor país nos “aspectos éticos e legais” da IA, e o Japão assume a liderança na área de robótica.
É um fato que os EUA têm – atualmente – a liderança técnica e os melhores talentos de IA mas a China tem uma estratégia firme e está focada (talvez obstinada) em ser líder mundial de IA em 2030 e, para estimular esse seu desejo estratégico, estão investindo a “bagatela” de 120,0 BUS$ em diversas ações nesta tecnologia de extrema importância. Isso praticamente põe de lado qualquer concorrência governamental no mundo nesta área em termos de escala de investimento governamental em IA.
A China – que anunciou seu Plano de IA em julho de 2017 – está esperando colher um grande quinhão do mercado de IA em 2030 que especula-se valerá algo em torno de 150,0 BUS$ [17]. Para conhecer mais sobre os planos da China na saga da hegemonia da tecnologia de IA em 2030 ver a referência [18]. Na estratégia de IA da China, o governo nomeou o gigante de Internet Baidu – conhecido como o “Google chinês” – para liderar o Instituto de Pesquisa de Deep Learning [19].
Atualmente existe uma forte polarização mundial entre EUA (que tem muito talento de IA por causa das suas fortes universidades) e a China (que está investindo muita “grana” em IA) na disputa pelo mercado mundial de IA. Na nossa opinião, os EUA vão ter que “rebolar” muito para impedir que a China não seja líder mundial em 2030 e isso não parece ser a visão do atual Governo Trump que está dilapidando a inovação e pesquisa nos EUA [20-22].
Na nossa opinião – e para corroborar ainda mais a liderança mundial da China em IA em 2030 – acreditamos que eles vão alcançar seus objetivos porque: (a) têm um vasto “oceano de dados” altamente valioso (o que é crítico para aplicações de IA) … lembre-se que o “dado” é o novo Petróleo da economia mundial [23]; (b) empresas cada vez mais fortes e laboratórios de pesquisa que formam um grande número de cientistas de alta inteligência; (c) um ecossistema de startup de tecnologia bem estabelecido e explosivamente ambicioso; (d) uma vontade política genuína para avançar a agenda da IA com apoio estatal e apoio financeiro maciço; e (e) uma ação coordenada com os seus gigantes de tecnologia como Alibaba, Baidu e Tencent [24] … ninguém vai segurar a China em IA nos próximos anos … anote no seu caderninho para se lembrar em 2030!
Quem tiver mais recurso humano capacitado e uma boa estratégia de IA vai triunfar! Formar talento capacitado em IA é um “must” para se preparar para a grande – e futura – disputa mundial por um “lugar ao sol” na seara da IA. O Presidente da Rússia Putin já sinalizou recentemente “a nação que detiver a liderança mundial de IA vai estabelecer as regras em um novo mundo” [25]. Em alguns anos, a tecnologia de IA vai servir como um grande elemento de diferenciação estratégica entre as nações [26].
Para comprovar a importância da tecnologia de IA para as Nações e Governos no futuro, ver estes exemplos aqui: (a) em dezembro de 2017, o Pentágono revelou que começou a utilizar o seu Projeto Marven (anunciado em junho de 2017) [26.1] baseado em uma tecnologia do “estado da arte” de IA para combater o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) através do uso de um sistema avançado de IA utilizando a tecnologia de “deep learning” e redes neurais para monitorar/analisar os vídeos coletados pelos seus “veículos aéreos não-tripulados” (ou drones) táticos [26.2-3]; (b) um outro exemplo de destaque de um país utilizando a tecnologia de vem exatamente da China que atualmente é o líder mundial no setor de drones militares [26.4].
Um outro fato importante indiretamente relacionado com formação de IA mas diretamente relacionado com a evolução da IA é o seu impacto no emprego e na utilização de processos robóticos nas diversas profissões. A IA terá uma forte influência nos empregos e, por conseguinte, esta influência chegará nas entidades de classe como CREA, CFM, OAB e outras. Qual será o impacto da IA na profissão dos Engenheiros? E no exercício da Medicina? E no trabalhos dos Advogados? As entidades de classe vão ter que se preparar em virtude do aumento da automação dos processos robóticos nas respectivas profissões. O primeiro movimento nesse sentido já apareceu nos EUA no setor de Radiologia [27]. O Colégio Americano de Radiologia (ACR = American College of Radiology) ligado à Associação Norte Americana de Radiologia (RSNA = Radiological Society of North America) criou o “Data Science Institute” [28] para dar suporte às novas atividades de radiologia e criar novos processos radiológicos em função da disseminação da IA no setor de Radiologia … esse é o primeiro movimento nesse sentido mas surgirão diversos outros à medida que a IA se propague! Ver mais detalhes dos impactos da IA na Radiologia aqui [28.1]. Enquanto você reflete sobre esse novo cenário, veja como vão ficar os empregos no futuro com o impacto da IA nas empresas neste excelente relatório da McKinsey [29] e a excelente matéria do site Mother Jones [30]. Bem recentemente, no último dia de 2017, o Comitê de Ética da OAB-SP se posicionou sobre o uso de robôs-advogados mas ainda não vê grandes impactos na profissão do advogado [30.1] … mas logo mais vai mudar de opinião!
E para finalizar uma pergunta que não quer calar: e o nosso Brasil como está (a) na formação de talentos de IA; (b) na estratégia de IA como país; e (c) com a IA nas empresas e na indústria … MUITO MAL nas três áreas mas vamos tratar caso a caso, a saber:
Talentos de IA:
As universidades brasileiras – com raríssimas e honrosas exceções – não “acordaram” ainda para perceber o “boom” mundial da tecnologia de IA e não estão formando de maneira adequada a mão obra de IA, seja em volume necessário ao mercado nacional, seja com uma grande amplitude da IA. Algumas “honrosas exceções” se destacam baseadas nas “mentes diferenciadas” de alguns professores e, mesmo assim, em um determinado nicho de algoritmos da IA dependendo do caso na instituição. Não existe uma proposta de valor ampla, holística e estratégica em relação a IA da própria universidade! Reforçando … não existe uma estratégia global de IA em nenhuma universidade brasileira! A grade curricular de IA das universidades brasileiras é muito pobre. Quando a atividade de IA existe em uma universidade brasileira, ela fica normalmente restrita às áreas de Ciência e Computação não permeando por outras especialidades (tais como, Ciências Sociais, Economia, Direito, Medicina, etc). Em um futuro próximo TODAS as profissões (sejam técnicas ou sociais) estarão “impregnadas” pela IA. Algo diferente tem que ser feito para uma formação adequada da mão de obra de IA no Brasil.
Governo Federal (estratégia de país):
O Governo Federal não investe hoje em dia em inovação e em P&D básicos quanto mais na tecnologia de IA. Na verdade ele está “atolado” – nos últimos anos – em disputas judiciais e políticas (vide Mensalão, Lava Jato e outras coisas do gênero) de forma que desviam o olhar de qualquer visão estratégica de médio e longo prazo. O Governo Federal também não tem nenhum Plano Estratégico de IA e não temos esperança de ver um Plano desses em curto prazo. O que fazer então? Sentar e chorar? Mudar de país? Ir morar e/ou estudar na China? Não … devemos começar a discutir o tema nas entidades de classe, mobilizar a sociedade e as empresas e a indústria e, também, “forçar” o Governo Federal a acordar para o problema/oportunidade e definir um Plano Estratégico de IA – nem que seja “tupiniquim” – para o nosso País. Este plano deve conter investimentos de P&D em IA, reformulação da educação nas universidades e escolas técnicas para suprir a demanda de talentos de IA, mobilização das grandes empresas e da indústria no processo, reflexão sobre o treinamento e o retreinamento (quando houver demissão por causa da IA) de mão de obra e, outras ações. Para resolver este GRANDE problema vamos ter que fazer muita coisa e envolver diferentes setores da sociedade … é chegada a hora de começar a tratar desse importante tema! Temos que “empurrar” o Governo Federal a ter um Plano Estratégico de IA em curto prazo ou vamos “perder o bonde” dessa disputa. Vários países atualmente já têm seu plano de IA com destaque para: China (já vimos acima), Canadá (investimento de 125,0 MUS$ [31]), EUA (Plano Estratégico de P&D em IA [32]), Reino Unido (investimento de 17,3 milhões de libras [33-35]) e Cingapura (investimento de 150,0 MUS$ [36-37]). Nos próximos anos outros países deverão ter seus Planos Governamentais de IA … essa será uma condição “sine qua non” de sobrevivência estratégica de um país, sem precisar lembrar que a IA vai impactar fortemente no mercado de trabalho, na ética das empresas, das indústrias e das pessoas, e nas diversas legislações atuais (p. ex., carro e caminhão autônomos, medicina, etc).
IA nas empresas e na indústria:
Em termos das empresas já começamos a perceber algumas – porém poucas – ações de IA isoladas no mercado brasileiro (cabe destacar aqui exemplos nas áreas de saúde, bancos e telecom, pelo menos) mas elas não são “capitaneadas” por CEOs – como vimos na visão da McKinsey acima – e sim pela gerência média das empresas que não tem muito poder para fazer as reformas estruturais de transformação digital necessárias. Um outro grande problema: os executivos da “grande maioria” das empresas e da indústria brasileiras ainda não sabem bem o que IA realmente é e como ela pode ser utilizada na transformação do seu negócio! Temos aqui uma grande necessidade de “evangelização” em IA dos executivos das nossas corporações. Como citamos acima, nos casos da Boeing, Lockheed e Airbus, entendemos que será muito oportuno o mercado corporativo (seja de forma isolada por empresa e indústria ou por entidades representativas de um determinado segmento) estabelecer convênio com uma (ou mais) universidade brasileira para formação de mão de obra de IA e desenvolvimento conjunto dos seus primeiros projetos na área de IA e, quando ganharem massa crítica, poderão continuar sozinhos.
Temos uma estrada longa a percorrer no Brasil mas as empresas e a sociedade terão muito benefícios … quem viver verá!
Referências:
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http://knowledge.wharton.upenn.edu/article/ai-new-electricity/?utm_content=buffer7a61e&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer [3] Electricity, Wikipedia
https://en.wikipedia.org/wiki/Electricity [3.1] Artificial intelligence is going to completely change your life, World Economic Forum, 10.nov.2017
https://www.weforum.org/agenda/2017/11/artificial-intelligence-is-going-to-completely-change-your-life?utm_content=buffer2dc47&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer [4] How artificial intelligence can deliver real value to companies, McKinsey, June 2017
https://www.mckinsey.com/business-functions/mckinsey-analytics/our-insights/how-artificial-intelligence-can-deliver-real-value-to-companies [5] IS YOUR BUSINESS READY FOR ARTIFICIAL INTELLIGENCE?, Boston Consulting Group, 06.sep.2017
https://www.bcg.com/publications/2017/strategy-technology-digital-is-your-business-ready-artificial-intelligence.aspx [6] Why digital transformation is now on the CEO’s shoulders, McKinsey, December 2017
https://www.mckinsey.com/business-functions/digital-mckinsey/our-insights/why-digital-transformation-is-now-on-the-ceos-shoulders [6.1] WHERE VC’S WILL INVEST IN 2018: BLOCKCHAIN, AI, VOICE, PETS, Wired, 20.dec.2017
https://www.wired.com/story/where-vcs-will-invest-in-2018-blockchain-ai-voice-pets/ [6.2] Blockchains: How They Work and Why They’ll Change the World, IEEE Spectrum, 28.sep.2017
https://spectrum.ieee.org/computing/networks/blockchains-how-they-work-and-why-theyll-change-the-world [6.3] Google’s voice-generating AI is now indistinguishable from humans, Quartz, 26.dec.2017
https://qz.com/1165775/googles-voice-generating-ai-is-now-indistinguishable-from-humans/?utm_content=buffera739b&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer [7] “2017 Global AI Talent White Paper”, Tencent Research Institute, December 2017 [em mandarin]http://www.tisi.org/Public/Uploads/file/20171201/20171201151555_24517.pdf [8] Tencent
https://www.tencent.com/en-us/index.html [9] Tencent says there are only 300,000 AI engineers worldwide, but millions are needed, The Verge, 05.dec.2017
https://www.theverge.com/2017/12/5/16737224/global-ai-talent-shortfall-tencent-report [10] Talentos de IA tem salários gigantescos, Estadão, 31.out.2017
https://vipceo.com.br/estadao-talentos-de-inteligencia-artificial-tem-salarios-gigantescos/ [10.1] Machine Learning, Wikipedia
https://en.wikipedia.org/wiki/Machine_learning [10.2] Por que o ‘machine learning’ será a tecnologia mais importante em 2018, El País, 11.dez.2017
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/11/28/tecnologia/1511866764_933798.html [10.3] Machine Learning: Presentation of Jason Mayes from Google, December 2017
https://docs.google.com/presentation/d/1kSuQyW5DTnkVaZEjGYCkfOxvzCqGEFzWBy4e9Uedd9k/preview?slide=id.g168a3288f7_0_58 [11] This Startup Is Luring Top Talent With $3 Million Pay Packages, Bloomberg, 24.sep.2017
https://www.bloomberg.com/news/articles/2017-09-24/in-battle-for-talent-one-startup-founder-tries-unlimited-pay?cmpid=socialflow-twitter-business&utm_content=business&utm_campaign=socialflow-organic&utm_source=twitter&utm_medium=social [12] Referências do Google sobre “ai talent migrating from university to the market”
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https://www.economist.com/news/leaders/21732111-artificial-intelligence-looks-tailor-made-incumbent-tech-giants-worry-battle?utm_content=buffer25e81&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer [14.1] Referências do Google sobre “amazon whole foods acquisition”
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http://www.defenseone.com/technology/2017/12/pentagons-new-artificial-intelligence-already-hunting-terrorists/144742/?utm_source=ActiveCampaign&utm_medium=email&utm_content=Issue+74%3A+Chatbot-based+insurance%2C+toys+that+teach+kids+to+code%2C+and+prioritizing+AI+projects+for+2018&utm_campaign=Weekly+Newsletter+12+27+2017+Issue+74 [26.4] Referências do Google sobre “CHINA HAS THE LEARDERSHIP IN MILITARY DRONES”
https://www.google.com.br/search?q=CHINA+HAS+THE+LEARDERSHIP+IN+MILITARY+DRONES&oq=CHINA+HAS+THE+LEARDERSHIP+IN+MILITARY+DRONES&aqs=chrome..69i57.18753j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8 [27] New ACR Data Science Institute Website Promotes Radiology Artificial Intelligence Development, Imaging Technology News, 20.oct.2017
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http://www.rsna.org/News.aspx?id=22957 [29] What the future of work will mean for jobs, skills, and wages, McKinsey Report, November 2017
https://www.mckinsey.com/global-themes/future-of-organizations-and-work/what-the-future-of-work-will-mean-for-jobs-skills-and-wages [30] You Will Lose Your Job to a Robot—and Sooner Than You Think, Mother Jones, December 2017
http://www.motherjones.com/politics/2017/10/you-will-lose-your-job-to-a-robot-and-sooner-than-you-think/?utm_content=buffer28330&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer [30.1] Tribunal de Ética da OAB-SP decide sobre uso de robô-advogado por escritório, Consultor Jurídico, 31.dez.2017
https://www.conjur.com.br/2017-dez-31/tribunal-etica-oab-sp-decide-uso-robo-advogado?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook [31] Referências do Google sobre “Canada Government Artificial Intelligence”
https://www.google.com.br/search?q=Canada+Government+Artificial+Intelligence&oq=Canada+Government+Artificial+Intelligence&aqs=chrome..69i57.18990j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8 [32] The National Artifcial Intelligence Research Strategic Plan, NITRD, October 2016
https://www.nitrd.gov/news/national_ai_rd_strategic_plan.aspx [33] Will a robot take your job? 250,000 public sector admin jobs at risk, Wired, 06.feb.2017
http://www.wired.co.uk/article/will-robot-take-job-uk-public-sector [34] Reform: Work in progress – Towards a leaner, smarter public-sector workforce, UK Government, February 2017
http://www.reform.uk/wp-content/uploads/2017/02/Reform-Work-in-progress-report.pdf [35] Policy paper: UK Digital Strategy, UK Government, 01.mar.2017
https://www.gov.uk/government/publications/uk-digital-strategy [36] Singapore launches national Artificial Intelligence programme, eGovinnovation, 05.may.2017
https://www.enterpriseinnovation.net/article/singapore-launches-national-artificial-intelligence-programme-1208567244 [37] AI, Analytics and Fintech boost for Singapore’s digital economy, Infocomm Media Development Authority, Singapore Government, 15.may.2017
https://www.imda.gov.sg/infocomm-and-media-news/buzz-central/2017/5/ai-analytics-and-fintech-boost-for-singapore-digital-economy
* Eduardo Prado é consultor de inovação e desenvolvimento de novos negócios na área de Inteligência Artificial (IA) em Saúde e Indústria.
Conheça aqui meu Twitter sobre IA, Saúde, Medicina, Genômica, Biotech e outras techs: https://twitter.com/eprado_melo
Outras matérias de Eduardo Prado:
1. Blog Saúde 3.0 – http://saudebusiness.com/blogs/saude-3-0/
2. Convergência Digital – http://www.convergenciadigital.com.br/eduardoprado