Academia de talentos abre vagas para negros, mulheres, LGBTI+ e pessoas com deficiência
A primeira turma do programa de inclusão profissional da Academia de Talentos da Qintess começa a ter aulas essa semana. A iniciativa conta com a parceria da Vale do Dendê, centro de inovação para as periferias de Salvador. Os primeiros 80 alunos que vão participar da formação de desenvolvedores são em sua maioria (85%) negros, mas a iniciativa também contempla mulheres, LGBTI+ e pessoas com deficiência, e tem o objetivo de fomentar a inclusão e a diversidade, estimulando a diversidade dentro do setor de tecnologia.
O processo de seleção dessa primeira turma do programa contou com a colaboração de uma das maiores organizações privadas de integração entre estudantes, empresas e instituições de ensino. Os participantes terão três meses de formação, com mais de 300 horas de aprendizado técnico on-line, entre outras habilidades que incluem o empoderamento e desenvolvimento de carreira. Além disso, o treinamento oferece remuneração e benefícios em formato de bolsa-auxílio sendo que, ao final, apoiará a entrada deles no mercado de trabalho.
“Ganham os dois lados, pois o setor de tecnologia necessita de profissionais bem capacitados e estes jovens em situação de vulnerabilidade social carecem de formação e oportunidade para iniciar a carreira profissional”, analisa Lauro Chacon, Vice-Presidente de Marketing e Capital Humano da Qintess. O executivo revela ainda que a ideia da empresa é estimular a recolocação desses desenvolvedores no mercado, com o apoio dos clientes da provedora de soluções tecnológicas, nos estados de São Paulo, da Bahia e de Minas Gerais. Ao todo, a Qintess somas mais de 2.000 clientes no Brasil, Chile, Colômbia, Estados Unidos e EMEA.
Mais uma turma, desta vez com 40 jovens com ensino médio, deve iniciar um treinamento em meados de dezembro, para aprender como atuar em service desk – profissional responsável por resolver as demandas cotidianas de tecnologia, como atendimento para a resolução de problemas técnicos e gerenciamento de crises dos clientes com rapidez e eficiência. “Esse cargo é uma porta de entrada para a área de tecnologia, com o poder de incluir ainda mais jovens no mercado, este em situação maior de vulnerabilidade”, conta Chacon ao reiterar que a ideia da Qintess promover a possibilidade destes estudantes desenvolverem carreiras sustentadas no tempo, com o suporte necessário para esse fim.
Estagiários
A Academia de talentos já formou mais de 270 estagiários nas tecnologias mais usadas do mercado. Na Qintess, a taxa de retenção dos formandos pela iniciativa é de 85%, após o estágio. Todos os processos seletivos, tanto para estágio, quanto de profissionais, ocorrem por meio da parceria com instituições sérias como a Vale do Dendê, buscando encontrar e dar oportunidade para pessoas com perfil inovador e de alta performance, não visíveis ao mercado. A Qintess tem como objetivo capacitar 2.000 profissionais em cinco anos, bem como acelerar 500 empresas com mentorias e oferecer acesso a 50 empresas a um fundo da Qintess de R$ 2,5 milhões como capital semente.