Carreira

Brasil tem apenas cinco especialistas em segurança CSIRT

A IDC levantou que existem 31 mil profissionais brasileiros no LinkedIn que se declaram como experts em cibersegurança, o que faz do Brasil o líder na América Latina, com 38,7% dos profissionais do segmento na região.

“Apesar de ser um número bonito em termos de maturidade, o Brasil ainda tem uma cultura muito reativa. Sempre espera algo grave acontecer para depois tomar as medidas necessárias, diferentemente de outros países que largaram na frente quando a questão da cibersegurança começou a ser discutida”, opina Pietro Delai, diretor de Pesquisa e Consultoria de Enterprise da IDC Latin America.

Segundo o analista da IDC, vários elementos, como a relatividade cultural, fizeram o Brasil não alavancar para as posições de lideranças no setor. “A LGPD (Lei Geral da Privacidade de Dados) só chegou ao país em 2020, enquanto o México já tinha suas leis de proteção desde 2010 e a Europa desde 2016. Além disso, apenas cinco CSIRT (Computer Security Incident Responde Team) brasileiros estão registrados em FIRST.org (Forum of Incident Responde and Security Teams), enquanto o México e a Europa contam, respectivamente, com 17 e 175 times de segurança no órgão global”, exemplifica Delai.

Outro exemplo trazido pelo analista da IDC  e que reforça a análise é que o Brasil assinou o Convênio de Budapeste, que visa facilitar e fortalecer meios disponíveis para prevenir e enfrentar crimes cibernéticos, apenas em julho de 2023, após receber a primeira multa relativa à LGPD. A comunidade europeia, por exemplo, aderiu em 2021.

Cibersegurança supera inteligência artificial e cloud computing nas prioridades de investimentos dos gestores de TI na América Latina. A constatação é da pesquisa IDC Cyber Security Research Latin America 2023. O levantamento mostra que 39% dos executivos de TI da América Latina garantem que irão investir em segurança de TI ainda esse ano. Tal investimento está no topo das tendências da agenda digital destes profissionais, seguido por Inteligência Artificial (33%), Cloud Pública (29%) e Gestão e Experiência de clientes (18%).


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