Carreira

Covid-19: 70% das empresas da indústria eletroeletrônica não reduziram pessoal

Mesmo com o cenário adverso decorrente da pandemia de Covid-19, a maior parte das empresas da indústria eletroeletrônica está determinada a preservar os empregos, revela uma sondagem realizada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), entre os dias 26 e 29 de maio. Segundo a pesquisa, 70% das empresas afirmaram que não houve redução em seus quadros de empregados no mês de maio, mesmo percentual verificado na pesquisa de abril.

Vale lembrar que, conforme a sondagem realizada no início de maio, 95% das entrevistadas indicaram a realização de ações com o objetivo de evitar ou reduzir demissões, tais como: teletrabalho (homeoffice); antecipação de férias individuais; acordos de redução de jornada de trabalho e salários; uso do banco de horas; utilização de linha de crédito para folha de pagamentos; entre outras.

A última pesquisa da Abinee também revela que 87% das entrevistadas estão adotando as medidas emergenciais anunciadas pelos governos municipal, estadual e federal), a fim de amenizar os impactos econômicos da Covid-19. A pesquisa constata, porém, que 68% das empresas projetam queda na produção em 2020 em relação a 2019. Outras 25% acreditam estabilidade e apenas 7% têm expectativa de crescimento na produção este ano. Conforme as entrevistadas, a produção neste ano deverá ficar 15% abaixo da verificada no ano passado.

Segundo o presidente da Abinee, Humberto Barbato, a perspectiva negativa em relação ao desempenho no ano reflete a situação atual, além das incertezas sobre como será o comportamento do consumidor quando o comércio voltar. “O consumidor sem segurança não vai trocar seu celular sem saber se vai ter seu emprego mantido”, afirma.

De acordo com esse levantamento, 62% das empresas já apresentaram queda na produção em abril em relação a março de 2020, 32% verificaram estabilidade e apenas 6% das pesquisadas informaram crescimento na produção. Esses resultados demonstram os efeitos nocivos da pandemia da Covid-19, que impactou na atividade do setor durante o mês inteiro de abril, uma vez que o coronavírus chegou ao Brasil em meados de março.


Em maio, 41% das entrevistadas indicaram estabilidade, o que demonstra que o fraco resultado apontado em abril se repetiu no mês seguinte. Mesmo na comparação com a fraca base observada em abril, 38% das entrevistadas indicaram nova redução na produção em maio. As demais empresas (21%) apontaram incremento na produção em relação ao mês imediatamente anterior.

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