Carreira

Mulheres ganham menos e estão longe de ter espaço real na TI

A renda real habitual da mulher no mercado de trabalho em 2021, que representa os ganhos originados de todos os trabalhos, ficou em R$ 2.255, abaixo de 2020 (R$ 2.416), inferior à de antes da pandemia em 2019 (R$ 2.303) e a pior desde 2017 (R$ 2.231).  Os cálculos, deflacionados, foram feitos pela pesquisadora Janaína Feijó, da área de Economia Aplicada, da Fundação Getulio Vargas (FGV).

O levantamento “Panorama das mulheres no mercado de trabalho – Período 2012-2021” foi feito com base em microdados da Pnad, pesquisa oficial sobre mercado de trabalho elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No estudo, as mulheres continuam a ganhar menos do que os homens, fenômeno que é perceptível nos microdados da Pnad desde 2012 (início da série histórica atualizada da pesquisa, pelo instituto). Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 08/03, data que se comemora o dia Internacional da Mulher.

Na área de TIC, a situação da mulher não é das melhores. Mesmo com um debate mais intenso sobre a eqüidade de gênero, a participação de mulheres no setor está longe de um patamar de equidade. No Brasil, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) dão conta que apenas 20% dos profissionais de TI são mulheres.

Um levantamento feito pela Catho, empresa de recrutamento de empregos, no começo desse ano, até permite um alento: a participação de mulheres em cargos de tecnologia cresceu 2,1% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Mas ainda há muito por fazer. Na parte de liderança, então, há muito por caminhar.

No início de 2021, a presença feminina em cargos de tecnologia representava 21,5% do setor, e a masculina, 78,5%. Nos dois primeiros meses de 2022, os números já mostraram um avanço: as mulheres têm ocupado 23,6% dos postos nesse setor, e os homens 76,4%. Uma pesquisa realizada pela consultoria de gestão Bain & Company em parceria com o LinkedIn, aponta que apenas 3% dos presidentes e 5% dos presidentes de conselho das 250 maiores empresas brasileiras são do sexo feminino.


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