Mulheres rejeitam o rótulo ‘hacker’ e se distanciam da cibersegurança
Um novo estudo realizado pela Kaspersky Lab revela que, antes dos 16 anos de idade , a maioria das jovens do sexo feminino dos EUA, Europa e Israel já decidiu não seguir uma carreira na área de cibersegurança. Essa tendência é um fator importante que afeta a constante dificuldade do setor de atrair mulheres a fim de tentar reduzir a diferença de gênero na área de segurança de TI e lidar com a crescente falta de qualificações.
O Global Information Security Workforce Study, realizado pela (ISC)² e seu Centro de Educação e Segurança cibernética, mostrou que, hoje, elas representam apenas 11% da força de trabalho em cibersegurança. Para começar a incentivar mais mulheres a ocupar posições nesse segmento, a Kaspersky Lab reforça a necessidade de renovar a imagem da cibersegurança entre as jovens.
O estudo descobriu que a terminologia das funções deste setor – como ‘hacker’ – tem conotação negativa e dificilmente atrairia jovens do sexo feminino, sendo que dois terços delas declaram querer seguir uma carreira que desperte sua paixão. Além disso, um terço das jovens acha que os profissionais de cibersegurança são ‘geeks’, e um quarto os considera ‘nerds’. Talvez isso contribua para que 78% das meninas nunca pensem na possibilidade de uma carreira nessa área.
“De acordo com a pesquisa, as jovens mulheres não enxergam a cibersegurança como uma opção de carreira viável ou atraente para elas e, por isso, excluem muito cedo as profissões do setor de TI. Assim, é muito difícil convencê-las do contrário”, disse Todd Helmbrecht, vice-presidente sênior de marketing, da Kaspersky Lab para a América do Norte.
“O prévio conhecimento sobre a área é essencial para quebrar certas barreiras, mas é também preciso mudar a imagem do setor como um todo e promover as carreiras envolvidas. Uma parte importante desse processo é dar visibilidade às funções e torná-las atraentes, além de desmitificar o estereótipo dos ‘geeks’ da segurança de TI sentados em um quarto escuro invadindo computadores”, completa.
Somado a isso, 42% de todos os participantes concordam que é importante ter um modelo do próprio gênero em suas carreiras, e metade das mulheres prefere trabalhar em um ambiente com uma distribuição igualitária entre homens e mulheres.