Negociação entre patrões e empregados de TI não avança em São Paulo
Na terceira rodada de negociação da CCT 2019, o sindicato patronal desistiu da proposta de redução do horário de almoço para meia hora, de redução dos dias referentes às ausências legais e do tempo gasto pelo trabalhador em viagens a serviço, que, segundo a pauta anterior, não deveria ser computado como horas in itinere.
Entretanto, de acordo com o Sindpd, representantes dos trabalhadores, a comissão dos empresários ainda insiste em não avançar na negociação, oferecendo um índice de reajuste salarial – 2,75% -dos pisos e do vale-refeição que não repõe a inflação (3%), mantendo a retirada do adiantamento quinzenal, além de querer que o trabalhador pague as custas das homologações e não levar em consideração a pauta de reivindicações da categoria apresentada pelo Sindicato.
Na reunião desta terça-feira, 29/01, a comissão dos trabalhadores contrapropôs reajuste salarial de 5,9% e as homologações no Sindpd de todos os contratos de trabalho anteriores à sanção da reforma trabalhista (novembro de 2017), além da questão de os trabalhadores exigirem que as empresas façam as homologações no Sindicato.
Ainda de acordo com o Sindpd, os empresários não analisaram itens da proposta já apresentada anteriormente pela categoria, como o VR no valor de R$ 20, criação do auxílio-alimentação no valor de R$ 150, hora extra de 100% nas primeiras duas horas e 150% na demais, auxílio-creche – com 50% do salário normativo para pais que tiverem filho com até 72 meses de idade -, o aumento da multa para as empresas que não cumprem a CCT para 20%, licença-maternidade de 180 e pagamento de quinquênio aos trabalhadores com um adicional de 3% do salário mensal do empregado para cada 5 anos trabalhados. A próxima rodada de negociação acontece no próximo dia 05 de fevereiro, às 15h.