No Brasil, 60% dos atendimentos em call center são home office
Entre as empresas da Associação Brasileira de Telesserviços (ABT) – que reúne 387 mil colaboradores dos 1,5 milhão de funcionários diretos e indiretos do setor – cerca de 60%, ou 230 mil empregados, passaram a trabalhar em home office. Em apenas 10 dias, as empresas conseguiram realocar para o atendimento não presencial 20 mil trabalhadores, também como reação à pandemia de Covid-19.
As empresas tiveram que enfrentar o desafio da falta de estrutura tecnológica na residência dos colaboradores e de garantir a confidencialidade de dados dos clientes no atendimento home office. Muitos trabalhadores do setor vivem na periferia das cidades, em locais onde, muitas vezes, não existe internet. São operações em todas as regiões e estados do Brasil, não só nas capitais como em cidades do interior. Em muitos casos, as empresas levaram a banda larga às residências de seus funcionários para viabilizar o atendimento e preservar vidas e empregos.
John Anthony von Christian, presidente da ABT, explica que a mudança agradou funcionários e contratantes e veio para ficar. “Tivemos que nos adaptar rapidamente ao home office e concluímos essa missão com êxito. É positivo para as empresas, que diminuem custos de estrutura e transportes, por exemplo, e para os colaboradores que ganham em tempo, antes utilizado para deslocamentos, e qualidade de vida. Apostamos que veio para ficar no setor, mesmo com o fim da pandemia.”