Novas demissões são alerta para indústria eletroeletrônica
Na soma de empregados e demitidos, a indústria eletroeletrônica voltou a dispensar mais do que contratar em junho – e pelo segundo mês consecutivo este ano, o que deixa o nível geral de empregados no setor próximo há um ano, quando a greve dos caminhoneiros paralisou fábricas e levou à demissão em massa de mais de 2 mil trabalhadores.
“O número de empregados da indústria eletroeletrônica diminuiu em 165 vagas no mês de junho, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), com base em informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged). O resultado representa a segunda queda consecutiva, após a trajetória de crescimento observada nos primeiros quatro meses do ano”, diz a entidade.
Embora no total do mês a indústria eletroeletrônica contasse com 237,2 mil trabalhadores diretos, esse número está acima do registrado há um ano, mas muito por conta do efeito então sentido pela paralisação do transporte rodoviário.
“É importante lembrar que, em maio de 2018, ocorreu a greve dos caminhoneiros que influenciou a redução de mais de 2 mil trabalhadores do setor eletroeletrônico em maio e junho do ano passado”, diz a Abinee, lembrando dos 236,3 mil empregados em junho de 2018.
A Abinee interpreta a queda no nível de emprego do setor como um sinal de alerta e reforça a urgência na adoção pelo governo de medidas que propiciem a retomada da atividade industrial. “Precisamos rapidamente de uma sinalização que evite entrarmos numa espiral decrescente na geração de empregos”, afirmou o presidente da entidade, Humberto Barbato.