Carreira

Para a OCDE, automação e robôs vão ‘roubar’ menos empregos do que o estimado

Um novo estudo da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) aponta que o número de empregos que correm riscos com o desenvolvimento da robótica e da inteligência artificial é menor do que o apontado em projeções e estimativas anteriores. Contrapondo um estudo de 2013 da Universidade de Oxford, que alertava que 47% dos empregos nos Estados Unidos corriam risco de ser automatizados, a publicação descobriu que somente 14% dos empregos nos países da organização – entre eles, Estados Unidos, Reino Unido e Japão – são “altamente automatizáveis”, classificação que agrupa os empregos cuja probabilidade de automatização é superior a 70%.

Em todo o mundo, o número de empregos que seriam destruídos seria de 66 milhões, segundo a OCDE. Ainda que seja um número significante, é menor do que o apontado pelos pesquisadores de Oxford, de 800 milhões. A explicação para a diferença na nova estimativa são fatores aos quais a OCDE prestou maior atenção: a variação entre empregos do mesmo nome e tarefas que, até mesmo para computadores, são difíceis de serem performadas por computadores.

Um dos exemplos citados pelo estudo é sobre o emprego de operador de máquinas industriais: ainda que parte de suas tarefas possam ser automatizadas, outras responsabilidades, como a supervisão de funcionários subordinados, não podem ser realizadas por computadores.

Ainda que a OCDE traga boas notícias com uma projeção seja menor do que a anterior, ela alerta que o impacto da automação será “extremamente prejudicial” para grupos que, hoje, já são ameaçados no mercado de trabalho – entre eles, os jovens e funcionários pouco qualificados. “O risco de automação não é distribuído igualmente entre os trabalhadores. […] Ocupações com maior estimativa de automação normalmente requerem educação básica abaixa”, escreve a organização.


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