Carreira

RNP, Ebserh e 45 hospitais criam curso de informática em saúde

Residência em saúde digital mira digitalização do SUS

A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) assinaram protocolo de intenções que visa ampliar a capacitação de profissionais em saúde digital no Brasil, por meio da criação de uma Residência Multiprofissional em Saúde Digital. 

O protocolo ajudará a lidar com um dos maiores desafios na área: a formação de pessoal. Com o aumento da demanda por serviços de saúde integrados e digitais, é cada vez mais necessário preparar profissionais em saúde digital. O objetivo do acordo é estabelecer uma base educacional sólida que atinja diferentes níveis do ecossistema da saúde, de estudantes e residentes em hospitais universitários a profissionais e gestores

A iniciativa ajudará a fortalecer o SUS Digital, programa criado pelo Ministério da Saúde para modernizar o sistema brasileiro, com 100% de adesão dos 5570 municípios. Com foco na digitalização de processos, o SUS Digital contribui para a melhoria da eficiência do sistema e amplia o acesso a serviços de saúde, além de aperfeiçoar os atendimentos à população. 

“O SUS é um dos maiores patrimônios do Brasil. Claro que precisa melhorar. E a Saúde Digital tem este poder. Os mecanismos digitais podem aperfeiçoar os processos no SUS, tanto no apoio aos gestores, com melhores organizações e visões dos dados e informações, como dos profissionais da saúde, aumentando inclusive o acesso da população e a qualidade do atendimento, como já vem sendo demonstrado”, explica Luiz Messina, gerente de relacionamento em saúde da RNP e coordenador nacional da RUTE (Rede Universitária de Telemedicina).

O protocolo está inserido no cenário de avanços liderados pelo Ministério da Saúde por meio da nova Secretaria de Informação e Saúde Digital (SEIDIGI/MS), responsável por desenvolver políticas e estratégias nacionais em saúde digital. Como uma das parceiras, a SBIS irá contribuir com sua longa experiência na área e seu conhecimento técnico, agregando ainda maior valor à elaboração do conteúdo programático da iniciativa. 


“Esse acordo simboliza uma colaboração essencial entre SBIS, RNP e Ebserh para suprir a necessidade crescente de profissionais especializados em informática em saúde. Ao unir esforços, nosso objetivo é estabelecer uma formação sólida e abrangente que capacite médicos e outros profissionais a desenvolver, implantar e gerenciar soluções em saúde digital. O programa, ao combinar uma estrutura de aprendizado colaborativo e práticas integradas nos hospitais universitários, permitirá que avancemos na inovação e eficiência dos serviços de saúde no país”, afirma Antônio Carlos Onofre de Lira, presidente da SBIS.

Já a Ebserh participará do projeto com seu corpo de especialistas que já atuam em projetos de saúde digital nos 45 hospitais universitários federais geridos pela empresa estatal, além de disponibilizar campo de prática para estudantes e residentes para uma pós-graduação em saúde digital. “Esse protocolo representa um passo muito importante para criação de uma residência multiprofissional em Saúde Digital na Ebserh. Nossa meta é formarmos, todo ano, dezenas de especialistas nesta área tão estratégica para o país”, disse Giliate Coelho, diretor de Tecnologia da Informação e Saúde Digital da Ebserh.

Para a comunidade acadêmica, o protocolo de intenções deve trazer impactos significativos, ao oferecer uma estrutura que permite a expansão de iniciativas de formação em saúde digital nas universidades e instituições de pesquisa. Além disso, novos modelos educacionais e práticas de telemedicina poderão surgir, ampliando ainda mais o fortalecimento do SUS Digital.

“As organizações do Sistema RNP, que são instituições de ensino, pesquisa e inovação, estão na linha de frente do ecossistema de saúde. Neste momento, a demanda no Brasil e no mundo é enorme. Como estas instituições são as maiores provedoras de conhecimento no país, elas poderão expandir e capacitar milhares e até milhões de estudantes e profissionais da saúde”, diz Messina.

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