TI in house abriga quase 500 mil profissionais no Brasil
O número de profissionais de TI que atuam em empresas não especializadas em tecnologia, atividade conhecida como TI in house, cresceu 39% entre 2011 e 2021, chegando a 404 mil postos de trabalho, segundo informações apresentadas no Insight Report da Assespro-PR (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação) do mês de janeiro/23.
Os segmentos que mais empregaram pessoal em TI in-house, no Brasil, em 2021, foram Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (16%); Atividades administrativas e complementares (12%); Indústrias de transformação (10%); e Atividades financeiras, seguros e relacionados (14%).
Se levado em consideração os segmentos de atividades, desmembrando as seções, temos na Administração pública, com mais de 25 mil empregados, o primeiro lugar, seguida pela de Bancos múltiplos, com carteira comercial (24 mil) e Comércio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informática (19 mil).
Com a digitalização do setor financeiro, especialmente a partir de 2016, o segmento de “Outras atividades auxiliares dos serviços financeiros” teve um incremento em torno de 25 vezes mais vagas, o recordista no país, enquanto, no Paraná, no segmento de Seguros (não vida) o aumento do emprego em TI in-house foi da ordem de 12 vezes.
Ainda segundo o relatório, houve um aumento de apenas 7% no emprego de professores de computação do ensino superior (graduação e pós-graduação), em âmbito nacional, no período 2011-21, que, comparado ao TI in-house. A queda ocorreu notadamente nos anos de 2020 e de 2021, quando houve uma contração de 15%, em relação a 2019, possivelmente como reflexo da pandemia da Covid-19.
Uma das hipóteses é que parte dessa força de trabalho qualificada está sendo justamente atraída para outras atividades de serviços em TI (in-house e Core TI), além de melhores salários e mais flexibilidade em relação à vida docente, que exige outros tipos de expertises e socialização.