TIC incorporou 59 mil novos profissionais e gerou 1,62 milhão de empregos em 2020
A empregabilidade no setor de tecnologia da informação e comunicação segue alta, mesmo com a adversidade do quadro econômico e social no País o que comprova a eficácia da política de desoneração da folha de pagamentos para TI e Telecom. “Foi uma política pública que deu muito certo e TIC respondeu com o que prometeu: mais empregos e qualificados”, afirmou o presidente-executivo da Brasscom, Sergio Paulo Gallindo, ao palestrar no Brasscom TecFórum 2021, realizado nesta terça-feira, 23/03.
O macrossetor de TIC — como a Brasscom aloca os setores de TIC, TI in house e telecomunicações — foi responsável por 1,62 milhão de empregos em 2020, com 59 mil de profissionais ingressando em tecnologia em relação a 2019. O crescimento de 3,6% no número de profissionais no ano passado ocorreu, principalmente, no segundo semestre, depois de uma queda de quase 30 mil nos meses de abril e maio, pico inicial da pandemia de Covid-19.
Como explicou Gallindo, quando a pandemia começou a perspectiva era de que se o setor conseguisse manter estoque de empregos seria um grande feito. “O que aconteceu, logo após declaração da OMS de pandemia, foi uma queda da empregabilidade com profissionais saindo, mas, a partir de junho, temos a retomada da empregabilidade com pico em outubro e terminando 2020 com perto de 59 mil novos profissionais. O setor acabou sendo um destaque de geração de emprego”, ressaltou.
Do total de profissionais em TICs — quase 1,62 milhão — TIC responde por 896.819 profissionais, seguida de TI in house (ou seja, a prática de construir tecnologia por empresas que não são de tecnologia) com 412.336 e telecom com 309.551. “A maior geração de emprego do setor está em TIC e maior subcontingente é do conglomerado de software e serviços com 679.358 profissionais, sendo 568.484 em serviço e 110.874 em software”, destacou.
Com relação aos salários, Gallindo apontou que a remuneração média de TIC mais alta está em serviços de alto valor agregado e em software. A remuneração média do subsetor de software e serviços de TI é a maior dentre as pesquisadas e 2,9 vezes superior ao salário médio nacional.