TICs podem formar 1 milhão a cada quatro anos com recursos já existentes
O Brasil tem plenas condições de dar saltos de produtividade com a transformação digital, mas isso exige a modernização legislativa que impactem a competitividade e a qualificação profissional em tecnologias de informação e comunicações. E como destaca o presidente da Confederação Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicação, Edgar Serrano, há ações fundamentais que não implicam em novos custos ao Estado.
“Os principais desafios e demandas da Contic são desatar nós para garantir internet para todos, e a segurança jurídica para que as empresas possam fazer isso. E garantir que exista mão de obra suficiente. Modernizar a legislação não vai custar um centavo. E o que já é descontado da folha de pagamento pode ser efetivamente usado para o setor”, defendeu Serrano, que nesta terça, 9/4, participou de painel promovido em Brasília pelo portal Telesíntese.
“Na questão de formação de mão de obra, temos hoje uma arrecadação gigantesca do nosso setor, mas do qual não é gasto um centavo para formação. A solução é a aprovação do PLC 79/16 e do PL 10.762/18. Uma vez que o dinheiro que as empresas arrecadam e não retorna, pode permitir o treinamento de 1 milhão de pessoas a cada quatro anos, pessoas que não teriam condições de ingressar no mercado digital”, afirmou o presidente da Contic.
O PLC 79/16 atualiza a Lei Geral de Telecomunicações (9.472/97) e é visto pelo setor como a reforma que permitirá converter para banda larga os recursos que hoje vão para a telefonia fixa. Ele já foi aprovado na Câmara e aguarda parecer da CCT do Senado para encaminhamento de votação em Plenário. O PL 10.762/18 estabelece o Serviço Social e o Serviço de Aprendizagem de Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic), dando à Contic a gestão de estimados R$ 1 bilhão por ano para qualificação profissional.