Trabalhadores da Vikstar/Vivo em São Paulo entram em greve para receber atrasados
Os trabalhadores da Vikstar em São Paulo – cerca de 3000 – decidiram pela greve e pediram ao Tribunal Regional do Trabalho a mediação para conseguir receber os salários atrasados, informou ao Convergência Digital, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing (Sintratel), Marco Aurélio Coelho de Oliveira. “O nosso objetivo é que a Vickstar acerte suas pendências com os trabalhadores. Tivemos uma reunião com a Vivo que foi muito boa. A empresa pareceu muito disposta a negociar. A verdade é que os trabalhadores não podem ser o elo prejudicado pela briga Vikstar e Vivo”, declarou o sindicalista.
Está na lista de preocupação também o pagamento dos funcionários já demitidos pela Vikstar e que também estão sem receber as suas rescisões trabalhistas. “Hoje temos 2000 mil pessoas trabalhando ainda, mas com o estado de greve vão parar. Não se pode pedir ao trabalhador para trabalhar sem receber e, por isso, formos ao Tribunal Regional do Trabalho”, adicionou Marco Aurélio de Oliveira.
No Piauí, onde os cerca de 2800 funcionários da Vikstar já cruzaram os braços, a empresa terceirizada da Vivo garantiu que vai acertar 60% dos salários atrasados ainda hoje. “Os outros 40% vão vir até o final da semana e estamos com uma reunião agendada com a Vivo para pedir a ela que, como solidária, assuma esses pagamentos”, contou o presidente do Sindicato dos trabalhadores em telecomunicações do Piauí (Sinttel-PI) e da Federação interestadual dos trabalhadores e pesquisadores em serviços de telecomunicações (Fibratel), João Moura Neto.
A preocupação maior, garantiu Neto, é que as vagas permaneçam no Piauí, mesmo que com a troca de fornecedor. “Temos que assegurar que essas vagas não sejam distribuídas para outros estados. São quase 3 mil trabalhadores”, afirmou. Como em São Paulo, já houve o pedido de mediação do Tribunal Regional do Trabalho para que se assegurem todo os trâmites legais sem prejuízo aos trabalhadores. “Na reunião com a Vivo, vamos pedir que o rompimento com a Vikstar, que tem sempre um prazo de transição se assegure o direito do trabalhador. Queremos que a Vivo assuma o comando desse processo”, completou João Moura Neto.
No total, a Vikstar tem cerca de 8 mil funcionários terceirizados atendendo o call center da Telefônica/Vivo em São Paulo, Piauí e Paraná. Ao Convergência Digital, a Vikstar, por meio de nota, mantém a alegação que a Vivo não fez os repasses financeiros para o pagamento dos trabalhadores. A Vivo nega o atraso e anunciou nesta segunda-feira, 12/04, o rompimento do contrato do serviço de call center.