Carreira

Transformação digital: reter e atrair talentos redefine o Recursos Humanos

Atrair e reter talentos é um dos grandes desafios das empresas e apesar de muitas organizações enxergarem isso como uma das prioridades, a maioria ainda não entende a importância de recrutar profissionais que têm aderência a cultura corporativa, observa a headhunter da Yoctoo, Marina Bandão. Segundo ela, uma vez que a empresa consegue montar um time coeso, que trabalha alinhado com os valores da organização, atingir as metas e os resultados fica muito mais fácil, é nesse lugar que surge a importância de recrutar e reter talentos que compartilham dos valores empresariais.

Um dos desafios das corporações é avaliar se os candidatos têm aderência a cultura organizacional. Marina Brandão ressalta que é preciso entender o que é, e como se forma essa cultura interna. Em linhas gerais, explica a especialista, a cultura organizacional é a essência da empresa, aquilo que é percebido no dia a dia do trabalho, expressada na maneira como a organização se relaciona com o mercado, como trata seus clientes, como desenvolve seus funcionários e como esses interagem entre si. Ou seja, é um conjunto de hábitos, valores e atitudes que estão implícitos e explícitos em todas as relações e pontos de contado do negócio.

Identificar e construir essa cultura passa por observar atentamente um conjunto de fatores e influenciar positivamente aquilo que estiver coerente com a identidade da organização, bem como descontruir hábitos que são nocivos e não têm afinidade com os valores empresariais. O departamento de Recursos Humanos é um norteador dessa cultura, ele exerce papel indispensável no fomento dessas atitudes, no engajamento das pessoas e na formação de um time que esteja alinhado a esse conjunto de regras e valores.

A headhunter sinaliza que, na hora de avaliar os candidatos, um dos principais fatores que temos que ter clareza é quais são os valores da empresa que estamos trabalhando, bem como ter mapeado o que define a sua cultura organizacional. Da mesma forma, para identificar se o profissional está alinhado o recrutador precisa entender o momento de carreira que essa pessoa está vivendo, e fazer perguntas abertas sobre as escolhas de carreira que essa pessoa fez. A medida que entendemos os motivadores de carreira, a maneira como a pessoa toma decisões, as circunstâncias e situações que o profissional vive ou já viveu em sua vida, fica mais fácil traçar um perfil e entender se esse candidato tem o mesmo posicionamento que a empresa.

Perfis psicológicos são bons norteadores, mas o feeling e a experiência do recrutador ainda são indispensáveis nesse processo. Quando ao assunto é recrutamento é muito difícil encontrar pessoas 100% alinhadas a cultura da empresa. Mas, quanto mais próximas essas estiverem dos valores, mais fácil incentivar internamente algumas características e “plantar sementes” por meio da comunicação e do feedback.


Para Marina Brandão, um processo de contratação precisa fazer sentido para ambos os lados, e por isso, o candidato também precisa avaliar se a empresa e a oportunidade estão de acordo com as suas expectativas de carreira. Isso vai além da descrição de tarefas da posição. O profissional deve avaliar o quanto o propósito da empresa conversa com seus valores pessoais e seus sonhos e objetivos de vida. É muito difícil nos entregarmos para um projeto o qual não acreditamos, portanto, o autoconhecimento é uma ferramenta indispensável nesse processo.

 

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