Um em cada quatro internautas brasileiros fez graduação online
Uma pesquisa online, nacional, realizada no CONECTAi Express, apurou que 44% dos entrevistados já fizeram algum curso online, sendo que a maioria realizou cursos livres (55%). Mas, o que chama atenção no levantamento, é que 35% realizaram graduação ou pós-graduação à distância, sendo 24% cursos de graduação e 11% de pós-graduação.
Um dos cursos mais procurado é o de idiomas, com 19%, superando inclusive o Técnico, com 16%.
O estudo aponta também que os cursos a distância são mais comuns entres os internautas das regiões Norte e Centro-Oeste e das classes A e B. A pesquisa foi realizada com 2.000 internautas em junho de 2017 por meio do CONECTAi Express, pesquisa trimestral, online, multiclientes, com cobertura nacional.
O acesso à educação de maneira mais flexível, com a opção de gerenciar com autonomia o horário e local de estudo conforme as necessidades de cada um são, segundo os entrevistados, algumas das vantagens do ensino a distância (EAD) em relação ao modelo tradicional.
Um estudo divulgado em maio, durante o 10º Congresso Brasileiro de Educação Superior Particular (Cbesp), revelou que educação superior a distância cresce no país em ritmo mais acelerado que a educação presencial.
Os dados do último Censo da Educação Superior – de 2015 – mostraram que enquanto o ensino presencial teve um crescimento de 2,3% nas matrículas em 2015 em relação a 2014, o ensino a distância (EaD) teve expansão de 3,9%. Mas há críticas à modalidade.
Um dos aspectos que mais pesam na permanência dos alunos, segundo o fundador da Educa Insights, que trabalha com pesquisas de mercado, Luiz Trivelato, é o relacionamento com estudantes. A Educa Insights fez uma pesquisa para ver como agiam as instituições que ofertam EaD.
“Houve instituições que durante o ciclo que experimentamos estar com eles, durante quatro meses não nos procuraram nenhuma vez. A gente não ia às aulas e simulava não fazer as atividades e não éramos procurados”, disse.
A falta de contato, segundo ele, é um dos fatores que leva à evasão dos estudantes. “Aquelas instituições que conseguiram manter uma proximidade com os alunos, foram as que obtiveram êxito na pesquisa. “Foram aquelas que provocaram, que buscaram, que reforçaram para o aluno a importância de estudar, que ofereceram opções de estudo”, afirmou Trivelato.
Dados apresentados no evento apontam que a rede privada concentra a maior parte das matrículas na modalidade – 1.265.359 – o representa 90,8% do total de 1.393.752 registradas em 2015. Apesar do aumento do número de concluintes, que cresceu 23,1%, índice maior que nos presenciais, que foi de 9,4%, muitos estudantes ainda deixam o curso sem concluí-lo. Nas instituições privadas, a taxa de evasão nos cursos a distância é 35,2%, superior à evasão nos cursos presenciais, que é 27,9%.
*Com Agência Brasil