Carreira

Vagas em cibersegurança caem por falta de orçamento. No Brasil, recuo é de 2,5%

Brasil deve fechar 2024 com 752 mil profissionais ativos

A força de trabalho em segurança cibernética ativa global estagnou em 5,5 milhões de pessoas, segundo um estudo divulgado pela ISC2. No Brasil, novas ofertas de emprego na área recuaram 2,5% em 2024, com a estimativa de que o total de profissionais ativos cresça somente 0,4% este ano.

“Houve apenas um aumento de 0,1% em 2023, o que representou um aumento de 8,7% em relação ao ano anterior. Embora se possa argumentar que isto reflete a estabilidade global da força de trabalho em cibersegurança face às pressões econômicas e de retenção da força de trabalho em todos os setores, também destaca uma preocupante escassez de pontos de entrada para novos talentos e uma falta de oportunidades para resolver a escassez de competências e de pessoal com novos talentos e aprendizagem no trabalho”, aponta o estudo.

País20232024Variação
Austrália138,86146,4815.5%
Brasil749,479752,4070.4%
Canada157,318156,064-0.8%
França217,19230,3386.1%
Alemanha455,951439,243-3.7%
Irlanda19,47620,615.8%
Japão480,659500,1164.0%
México536,027521,505-2.7%
Holanda67,52772,918.0%
Nigéria25,57425,620.2%
Arábia53,90759,76610.9%
Cingapura76,94277,9091.3%
África do Sul177,802196,7810.7%
Coreia263,771272,5623.3%
Espanha182,144187,5633.0%
Emirados Árabes144,3149,1353.4%
Reino Unido367,3349,36-4.9%
EUA1,338,5071,298,804-3.0%
Estimativas de contratações em 2024 em comparação com 2023

O número de novas ofertas de emprego em segurança cibernética ano a ano nos EUA diminuiu 5,4%, Cingapura 4,9%, França 4,5%, Canadá 3,5% e no Brasil 2,5%. No Reino Unido as ofertas ficaram estáveis, com Alemanha e Austrália registrando aumentos  de 1%. Os países que se destacaram no crescimento da oferta de emprego foram Espanha e México, com aumentos de 5,5% e 6,8%.

O recuo no caso do Brasil se dá após três anos de crescimento de 11,2% na participação geral de novos empregos publicados, 3% no México, 11% na Alemanha e 6,2% na Polônia. Nos EUA, Índia, Canadá, Países Baixos, Espanha, Cingapura, França e Itália já registravam recuos no mesmo período.

O estudo estima que faltam 4,8 milhões de profissionais de cibersegurança ao redor do mundo, o que representa um crescimento de 19% sobre 2023, a partir da projeção de que seriam necessários 10,2 milhões de postos nessa atividade.


A pesquisa ouviu 15.852 profissionais e decisores de cibersegurança em todo o mundo.

Desses, 39% disseram que a falta de orçamento foi o principal motivo da diminuição, sendo que 25% registraram demissões (aumento de 3% em relação a 2023) e 37% sofreram cortes de orçamento (7% acima de 2023).

Quase quatro em cada 10 entrevistados (38%) experimentaram congelamentos de contratações (+6% em relação a 2023) e um terço (32%) indicaram que houve menos promoções (+6% de 2023).

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