5G exige migração da virtualização para containers
O OpenRAN vai acontecer, mas a jornada ainda é para a nuvem e a evolução acontecerá gradualmente, sustenta o líder de equipe de telecomunicações, mídia e entretenimento da Red Hat para a América Latina, Alejandro Rafaelle., que veio ao Brasil para falar com equipe e com clientes.
Ele descarta a possibilidade de o OpenRAN ter sido deixado de lado, e observa: o mundo está indo para software, mas houve uma crise econômica global e as operadoras tentam monetizar seus investimentos. “Nós, na Red Hat, estamos confiantes que o Open Source é quem vai entregar a inovação que o OpenRAN precisa e as teles desejam”, reforça.
Para Rafaelle, o momento atual é a de migração da virtualização de redes para os containers. “Temos de dizer aos clientes que o mundo open source não é um big bang e a jornada tem de começar, mesmo, por projetos pequenos. A Verizon está com OpenRAN, mas começou há oito anos. O Brasil começou no ano passado, as tecnologias estão evoluindo, eu prevejo OpenRAN em 2025 em pequenos projetos. Mas sustento: O OpenRAN não terá volta porque o mundo é do software”, detalha.
O executivo da Red Hat diz que o OpenRAN sofre hoje os mesmos desafios sofridos pela indústria de TI há 25 anos. “O mundo de telecom está indo para o software, como a TI já foi. E essa é uma jornada gradual. Já há a criação de aplicativos nativos em cloud, já há a opção pela nuvem híbrida, mas o uso da nuvem está apenas começando. Há muito para explorar”, completa.