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Avaya embute software, hardware e serviços no modelo de assinatura de nuvem

Tudo como serviço. Essa é a estratégia da Avaya para avançar no Brasil e na América Latina. A empresa anunciou nesta terça-feira, 21/07, o lançamento do seu portfólio de soluções de comunicações e colaboração Avaya OneCloud™ Subscription. Na prática, a companhia uniu software, hardware e serviço em um único pacote por serviço, como acontece na venda no modelo de nuvem. De acordo com pesquisa realizada pela IDC América Latina com empresas da região, 57% dos participantes manifestaram intenção de investir mais na nuvem, e 47% pretendem aplicar recursos preferencialmente em modelos como serviços, como consequência da pandemia da Covid-19.

Em coletiva online, a Avaya revelou que, em 2019, contabilizou 160 mil posições de atendimento na nuvem no Brasil – sendo 85% deles oriundos das PMEs – mas admite que ao incluir o hardware- o telefone IP – na venda por serviço, há a tentativa de massificar o uso do dispositivo no home office, que veio para ficar com a pandemia de Covid-19. “As empresas tiveram dificuldades para ir para o home office, mas tiveram de ir. Os telefones IPs, agora, estão integrados e são um dispositivo numa solução”, explica Caio Moreno, da Avaya Brasil.

O CEO da Avaya Brasil, Márcio Rodrigues, diz que não há planos de fabricar telefones IPs no Brasil para atender um incremento de demanda. “Nossos telefones são importados e trabalhamos para compensar as diferenças, principalmente, o impacto da desvalorização do Real frente ao dólar. O modelo de subscrição é uma forma de amenizar o custo da solução”, explica.

A virada da Avaya é significativa. Em 2017, a companhia entrou com pedido de Chapter 11 nos Estados Unidos, uma espécie de recuperação judicial no Brasil. E em menos de um ano, conseguiu reagir e voltar ao mercado. “A confiança dos nossos clientes foi fundamental. A transformação digital da Avaya começou com o chapter 11. Nós mobilizamos o nosso time e funcionou”, afirma o líder de soluções UC Avaya América Latina, Mario Cruz.

O Brasil, adiciona Márcio Rodrigues, é estratégico para a Avaya, tanto que há um time especial de desenvolvedores e cientistas, criado há 15 anos, que se transformou em uma organização global de inovação e responde ao terceiro executivo da corporação. “Esse time toca projetos na Rússia, na Croácia porque investiram nas ferramentas e na tropicalização delas para as necessidades do Brasil. E, agora, exportam conhecimento. É um orgulho”.


Apesar da aposta do modelo de serviço, a Avaya vai manter três modelos de licenciamento: o da licença perpétua, onde há a propriedade de uma versão específica; a on premise e o modelo de nuvem. “Muitas empresas querem a nuvem, mas não estão prontas para colocar seus modelos 100% em cloud e aqui falo de grandes, médias e pequenas empresas. Por isso, a Avaya decidiu administrar e entregar o serviço. As empresas precisam de comunicação mais do que nunca e pensar na integração dela às novas tecnologias como IoT, inteligência artificial e outras”, reforça Mario Cruz.

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