AWS e Google disparam contra a Microsoft por mudanças na nuvem
Multada em 1,6 bilhão de euros pela Comissão Europeia nos últimos anos por várias infrações, a Microsoft voltou a ficar na mira da UE após reclamações de provedores de serviços de nuvem na Alemanha, Itália, Dinamarca e França. E em função disso, anunciou uma série de mudanças no Azure a partir de 1 de outubro.
Entre as medidas está a revisão dos acordos de licenciamento. A partir de outubro, os clientes podem usar suas licenças em qualquer provedor de nuvem europeu que forneça serviços para seus próprios data centers. Mas as rivais Amazon, Google, Alibaba e os próprios serviços da Microsoft estão excluídos desses acordos. Além disso, os clientes também poderão comprar licenças apenas para o ambiente virtual sem a necessidade de comprar o hardware físico.
Até o momento o órgão de fiscalização da concorrência da Comissão Europeia não comentou as propostas da Microsoft. Já os seus rivais fizeram críticas contundentes. “A Microsoft agora está dobrando as mesmas práticas prejudiciais, implementando ainda mais restrições em uma tentativa injusta de limitar a concorrência que enfrenta – em vez de ouvir seus clientes e restaurar o licenciamento de software justo na nuvem para todos”, afirmou a AWS em comunicado.
O vice-presidente de assuntos governamentais e políticas do Google, o Google Cloud, Marcus Jadotte, foi igualmente crítico. “A promessa da nuvem é uma computação flexível e elástica sem bloqueios contratuais. Os clientes devem poder mover-se livremente entre plataformas e escolher a tecnologia que funciona melhor para eles, em vez do que funciona melhor para a Microsoft”, alfinetou Jadotte.