B3, fusão da BMF&Bovespa e Cetip, incorpora a nuvem no negócio
Até poucos anos atrás, os bancos, talvez pelo fato de tratar-se de uma tecnologia nova, resistiam em levar suas soluções e sistemas para a nuvem. Passado algum tempo, a cloud computing provou-se eficiente, sua flexibilidade e a promessa de custos por vezes mais atraentes também se comprovaram. Como resultado, no Ciab 2017 vemos grandes instituições, como a B3 e até o Banco Central do Brasil, falando sobre suas estratégias de computação em nuvem.
Ricardo Redenschi, diretor de infraestrutura e produção da B3, detalhou o roadmap de adoção de cloud computing na instituição.
Ainda assim, Redenschi afirma que a B3 é uma empresa “cloud first”. “Salvo restrições relacionadas a IaaS, a B3 sempre considera o modelo de cloud computing”, revela.
“Existe uma tendência crescente de ida para a nuvem na B3. Os investimentos feitos anteriormente são as maiores barreiras, pois precisam se depreciar. Quando consideramos que já temos uma nuvem interna, nem sempre a cloud pública é a opção mais barata”, afirma Redenschi. “Além das questões de custos, porém, nossa nuvem privada tem sido bastante utilizada para o aculturamento na empresa”, diz Redenschi.
Apesar disso, afirma que no BC a adoção ainda é analisada para os sistemas críticos. “Estamos montando laboratórios de inovação baseados em tecnologia em nuvem para promover testes de inovação em bancos e órgãos públicos”, revela.
“Sistemas críticos rodando em cloud computing fora das fronteiras do Brasil têm de respeitar as leis de privacidade de cada país. Além disso, temos as questões de legislação local”, diz o executivo, destacando que as áreas do BC responsáveis pelos entendimentos legais estão trabalhando para adequar as regulações da melhor forma para todas as partes.