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Big data é o negócio da Serasa Experian

A Serasa Experian é hoje uma empresa de big data e São Paulo é um dos quatro datalabs do mundo da corporação, com 20 cientistas de dados à frente, afirmou o presidente da companhia, José Luiz Rossi, ao falar com a imprensa nesta quinta-feira, 28/11, sobre as expectativas do efeito do score no mercado brasileiro em função do cadastro positivo a partir de 2020.

Com 51 anos de atuação no país e há 12 com o controle da Experian,  a Serasa Experian foi uma das companhias eleitas pelo Banco Central para gerir o cadastro positivo. As outras três são: Gestora de Inteligência de Crédito (Quod), à Boa Vista Serviços e à Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL- SPC Brasil). “O cadastro positivo vai fazer a diferença no mercado de crédito. Em dezembro, uma grande fintech vai cruzar os dados (Nubank), como as teles, utilities e as grandes varejistas”, pontua Rossi.

A companhia apresentou uma pesquisa inédita sobre o conhecimento do brasileiro sobre o score –  que será usado para a concessão de crédito pelas instituições financeiras. “Temos 25% das pessoas conhecendo bem o que é o score. Pode parecer muito, mas é bem baixo. Esse conhecimento está centrado nas classes A e B. Temos de expandir a massificação do conhecimento”, diz o diretor de Analytics e cientista de dados da Serasa Experian, Julio Guedes.

Uma das ações da empresa é lançar, em dezembro, o Serasa Score para consumidores e, em janeiro, o Serasa Score para empresas. “Hoje já há dados de 95 milhões de brasileiros e de 5,7 milhões de empresas”, acrescenta Guedes. E fazer com que a população entenda a relevância do Score é a estratégia da Serasa Experian. A empresa divulgou uma pesquisa – feita com mais de 1500 consumidores – mostrando que 88% das pessoas acreditam que o score pode contribuir para o acesso ao crédito dos brasileiros.

“O score reflete o comportamento e hábitos da vida financeira da população, ou seja, quem tem uma boa pontuação é visto pelo mercado como um consumidor apto a receber melhores ofertas e condições na hora de fazer um financiamento. E o Cadastro Positivo deve intensificar esse processo. É importante que o score seja cada vez mais visto pelos brasileiros como uma ferramenta de empoderamento econômico”, reforça Guedes.


A pesquisa apontou ainda que 72,4% dos entrevistados que já verificaram seu score, a maioria (52,6%), costuma fazer a consulta pelo menos uma vez por mês. Os motivos mais citados são para acompanhar a pontuação ou por curiosidade, antes de realizar uma compra ou empréstimo e antes de solicitar um cartão de crédito. O quarto motivo (25,3%) da consulta é após o consumidor ter tido um crédito negado.

A região Nordeste foi a que mais apontou a dificuldade em obter crédito como motivo para consulta, com 27,6% das respostas. Na sequência aparecem as regiões Norte e Centro-oeste, com a opção sendo apontada por 26,2% dos entrevistados; Sul (24,0%) e Sudeste (23,7%). Nas outras opções apresentadas na questão, o destaque se dá entre os nordestinos, os que mais afirmam ter consultado o score antes de solicitar um cartão de crédito (32,7%), enquanto os demais ficaram abaixo da média nacional – Sul (19,5%), Sudeste (24,2%) e Norte e Centro-oeste (22,7%).

Dentro o percentual que afirmou pesquisar o score após ter o crédito negado, os motivos mais citados foram: dívidas pendentes (50%), o próprio score (48,6%) e renda (20,2%). Entre estes respondentes, apenas quem afirma que a negativação ocorreu por causa da renda tenta entender o motivo de não conseguir acessar o crédito. Essas pessoas procuram a empresa que consultou a pontuação ou a empresa que negou o crédito para solucionar a questão. Os demais dizem não procurar ninguém, na maioria das vezes.

São os homens os que mais afirmam que a negativa ocorreu por conta do score, motivo indicado por 55,7% dos respondentes. Já as mulheres acreditam que a principal razão são as dívidas pendentes (50,9%). Elas também sinalizam a renda mais do que eles – 21,1% ante 19,1% das respostas masculinas.

A pesquisa também questionou os participantes sobre o Cadastro Positivo. Aproximadamente 80% dos que afirmaram já ter consultado o score conhecem o sistema, sendo que 93,7% dizem acreditar que a pontuação será impactada positivamente pela inclusão das novas informações de adimplência. Apenas 2,7% não apostam no aumento da nota com o Cadastro Positivo, mesmo número de pessoas que dizem que a influência é indiferente – 0,9% responderam que não sabem.

“Os dados são a matéria-prima dos analistas, que agora poderão trabalhar com um cenário muito mais rico. Com muito mais informações disponíveis, os fatores que costumam ser considerados na formação do score ganham reforço, com variáveis que devem incluir os hábitos de pagamento dos clientes e outros detalhes como pontualidade, gastos mais frequentes, quanto da renda está comprometida, entre outras”, conclui Guedes. A pesquisa nacional foi realizada em outubro de 2019 com 1.595 consumidores que já ouviram falar sobre o score de crédito.

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