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Bradesco Seguros e Hospital das Clínicas avançam com 5G e cloud

Especial Febraban Tech 2023

As redes 5G vão dar ainda maior velocidade ao avanço dos negócios no ambiente digital. Integrando outras tecnologias, como internet das coisas (IoT), inteligência artificial e cloud computing, as soluções que utilizarem as redes de última geração, inclusive em soluções indoor, terão a oportunidade de conquistar novos cenários geográficos e entregar produtos e serviços cada vez mais personalizados.

Exemplos de empresas que já iniciaram testes e desenhos de aplicações nesta área, a Bradesco Seguros e o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) dividiram as suas experiências no FEBRABAN TECH 2023, realizado na semana passada, em São Paulo.

Exemplificando como o seu negócio pode ser potencializado a partir destas novas tecnologias, Gloria Kojima, superintendente-executiva de Tecnologia da Bradesco Seguros, enxerga o 5G não como uma simples rede de celular, mas como uma plataforma habilitadora de novos modelos de negócios. Um deles, já em estudo, é a oferta de um seguro pago pelo tempo de uso, ou seja, contrato baseado apenas pelo tempo em que a pessoa estará na rua com o seu carro.

Para isto, além da conectividade ofertada pelo 5G, a empresa conta com a inteligência artificial – recurso altamente dependente da computação em nuvem – e do rastreamento (internet das coisas) instalado no veículo.


O Hospital das Clínicas de São Paulo, por sua vez, colocou em teste o exame remoto, uma ultrassonografia feita a distância, que só se viabiliza com a baixa latência do 5G, por conta da imagem. Marco Bego diretor-executivo do Instituo de Radiologia do HCFMUSP e do INOVAHC, conta que os testes do Programa Open Care estão sendo feitos em uma rede 5G privativa, com frequência concedida pela Anatel na categoria “pesquisa”. “Estamos trabalhando nos testes de integração da rede privada à rede pública para levar o serviço a localidades que não contam com um médico”, diz.

O painel também contou com o exemplo internacional do governo da Estônia, um dos países mais digitalizados do mundo. Andres Sutt, membro do parlamento (Riigikogu) da Estônia, compartilhou o modelo de governo digital adotado por aquele país, destacando que 95% dos serviços públicos foram digitalizados a partir de uma parceria público-privada.

Sutt ponderou que os grandes casos de uso do 5G dependem da cobertura entregue pelas operadoras de telecomunicações. “Todos os corredores de transporte, por exemplo, precisam ter cobertura, para proporcionar um modelo de logística eficiente e inovador. Falamos de carro autônomo, mas o transporte de carga também precisa de uma rede bem instalada e segura”, ressaltou.

Apesar de todas as vantagens proporcionadas por essas novas tecnologias, é importante não deixar de lado as preocupações com a segurança cibernética e a privacidade de dados. Com a quantidade de informações pessoais sendo armazenadas e compartilhadas, é necessário garantir que os sistemas sejam seguros e as informações protegidas dos ataques cibernéticos. 

“Estamos diante de uma explosão de oportunidades, mas enfrentaremos vários desafios, incluindo a credibilidade. Não podemos esquecer que na outra ponta estão as pessoas. Temos que pensar neste ponto final”, reforçou Gloria Kojima, da Bradesco Seguros.

Além disso, é fundamental que as empresas sigam as regulamentações de privacidade de dados e que os governos se mobilizem para regular o uso e o alcance da inteligência artificial, garantindo que os clientes tenham controle sobre suas informações e saibam como elas estão sendo utilizadas. 

Conforme destacou Marco Stefanini, fundador e CEO Global do Grupo Stefanini, credibilidade é algo difícil de se construir. “As empresas precisam valorizar isso, porque é algo que vai valer ouro. Depositar os dados ou usar um sistema de uma empresa será algo extremamente valioso”, concluiu.

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