Brasil vive a era da ‘gravidade de dados’, diz a IDC Brasil
Empresas estão mais críticas, mas sabem que a nuvem é estratégica, afirma o country manager da IDC Brasil, Luciano Ramos.
O crescimento exponencial da inteligência artificial impacta o mercado de computação em nuvem na medida em que IA traz os dados mais para perto da nuvem. É o que se chama de “gravidade dos dados”. Em entrevista à CDTV, durante o evento Huawei Cloud Summit Brasil 2023, realizado em São Paulo, Luciano Ramos, country manager da IDC Brasil, explicou como IA e nuvem se correlacionam e falou de expectativas e tendências para os próximos anos.
“Vimos primeiro o momento de cloud, nos últimos três, quatro anos, muito voltado para infraestrutura, com as empresas tentando rapidamente movimentar seus workloads, estabelecer a sua base de infraestrutura na nuvem. E agora começamos a ver o grande próximo passo na nuvem acontecendo, que é o movimento dos dados, com cada vez mais dados na nuvem para utilizar analytics, inteligência artificial”, disse.
Ramos explicou que o ambiente de nuvem está híbrido e distribuído, com os grandes núcleos das organizações mesclando. As empresas, segundo ele, já entenderam como a nuvem funciona e agora estão revisando a localização das cargas de trabalho. E a maturidade faz com que as empresas sejam mais críticas em relação ao consumo e gasto com a computação em nuvem.
“As empresas estão reavaliando seus gastos e suas capacidades de automação e gestão dos recursos na nuvem e com isso estão buscando otimizar o consumo e os custos. Não é uma debandada da nuvem, mas é um ajuste fino da estratégia. As empresas vão ficar mais críticas”, assinalou, ressaltando que as empresas estão mais cautelosas e questionando mais os fornecedores.