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Com 57% das empresas usuárias da nuvem, Brasil lidera tecnologia na América Latina

O Brasil é o país da América Latina com maior disseminação do uso de computação em nuvem. Segundo um estudo patrocinado pela americana Citrix, 57% das empresas no país afirmam fazer uso da tecnologia, o que deixa as brasileiras à frente de congêneres na Argentina, Chile, Colômbia e México.

A pesquisa aponta, ainda que 73% das entrevistadas manifestam desejo em investir em nuvem, enquanto 43% afirmaram não fazer uso da tecnologia. E os motivos são: infraestrutura suficiente (38%), não enxergam valor (19%), questões de segurança (14%), falta de orçamento (14%) e não sabem como fazê-lo (12%).

Chamado de ‘Como vamos na América Latina’, o estudo conclui que mesmo com a liderança brasileira no uso de cloud computing, há sinais de que falta melhor estratégia para a tecnologia no país, pois o foco é no armazenamento de informações: 24% responderam que armazenam informações gerais, 18% registram e-mail, 11% guardam informações sensíveis do negócio, 11% registram dados do fornecedor, 7% aplicativos não tão sensíveis e 12% todas as anteriores.

“A computação em nuvem significa mais do que apenas armazenar documentos. Ela permite a empresas de todos os tamanhos ações mais rápidas, ágeis e flexíveis, redução nos custos de investimento em hardware e acesso igualitário à tecnologia de ponta, só para citar alguns. Em regiões com mais maturidade digital, empresas focam em ativos mais estratégicos (aplicações críticas para o negócio e aplicações legadas) se beneficiando assim da elasticidade e alta disponibilidade de cloud”, afirma o diretor geral da Citrix Brasil, Luis Banhara.

O estudo aponta, também, para outro aspecto da adoção dos serviços em nuvem, que é a implementação de formas de trabalho flexível, como o home office e o teletrabalho. A partir das informações coletadas, constatou-se que 62% das empresas brasileiras com tipos de trabalho flexíveis os implementaram a pedido dos funcionários, principalmente por motivos de gestão do tempo (13%), maior produtividade (8%), conforto (6%) e qualidade de vida (6%).


Os resultados, de acordo com os gestores em TI do país, foram positivos considerando que acessar dados e aplicações de qualquer lugar ou dispositivo torna a equipe mais produtiva (88%). Outro fato notável é que 65% das empresas disseram que redesenharam o ambiente para se adaptar às novas formas de trabalho flexíveis, especificamente para buscar maior produtividade e melhor gestão do tempo pelo funcionário.

Paradoxalmente, 73% dos entrevistados acham que os funcionários são mais produtivos trabalhando no escritório do que de onde se sentem mais confortáveis e inspirados. E isso se deve, principalmente, à falta de confiança por parte dos diretores (80%).

A segurança é um fator de grande preocupação para as empresas e 58% das entrevistadas declaram desejo de investir mais em proteção dos dados até o final deste ano. Porém, alguns comportamentos destacam brechas que podem comprometer seriamente os dados das companhias. Dos executivos consultados, 49% afirmaram que permitem que funcionários salvem informações em pen-drive e encaminhem informações para o e-mail pessoal (52%).

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