Com nuvem e governo digital, Certisign prevê emissão de 200 mil certificados digitais/mês
Em 2018, o Brasil contabilizou quase 8 milhões de certificados digitais emitidos e válidos, sendo que no ano passado foram emitidos 4,8 milhões de novos certificados, um bom incremento, mas ainda aquém do desejado pela indústria, mesmo com o crescimento contínuo de dois dígitos ao ano em tempos de crise econômica, observa o diretor de Varejo da Certisign, Leonardo Gonçalves.
A empresa tem metas ambiciosas para 2019, principalmente, com a emissão do certificado digital na nuvem, mas admite: a massificação real e efetiva do produto só virá quando a relação do cidadão com o governo estiver 100% digital. “Não tem jeito o certificado digital será um documento essencial quando o cidadão não tiver mais de ir ao balcão para ser atendido pelo governo, quanto mais certificado digital emitido, mas será possível rever custos de emissão”, acrescenta Gonçalves, em entrevista ao portal Convergência Digital.
Em outubro do ano passado, a Certisign lançou o certificado digital na nuvem. O produto, batizado de RemoteID, além de viabilizar a emissão e o armazenamento em nuvem, permite todo o gerenciamento do ciclo de vida do Certificado, incluindo o seu histórico de uso, já representa 2% das emissões de certificados da companhia, que, no ano passado, teve uma média mensal de 120 mil a 130 mil certificados digitais emitidos. Para 2019, a meta é chegar a média de 200 mil certificados digitais por mês.
“Estamos convictos que a nuvem vai mudar a relação do uso do certificado digital. o eSocial será um incrementador de certificados ao longo do ano. Mas o ponto a destacar é que muitas empresas, e PMEs, já usam o certificado digital mesmo sem ter a obrigatoriedade. Usam o certificado pelas facilidades obtidas, pela digitalização dos processos”, afirma Gonçalves.
Para o executivo da Certisign, o certificado digital é a uma parceria pública privada que deu certo entre o governo e as empresas privadas, mas é um segmento que exige compliance e responsabilidade. “O certificado digital é o documento digital existente”, salienta. Por conta do momento do segmento, Gonçalves diz acreditar que haverá fusões e aquisições, uma vez que, hoje, existem 17 Autoridades Certificadoras, registradas no ITI-Brasil.
Para ficar à frente do mercado, a companhia planeja investir cerca de R$ 20 milhões em 2019 e, depois da nuvem, a nova aposta e que envolve nova tecnologia é o uso da biometria. “Já temos o RemoteID com certificado de biometria e com boa adesão no mercado B2B, especialmente, pelos grandes varejistas. Esse é um mercado em franca expansão”, completa o diretor de Varejo e Canais da Certisign, Leonardo Gonçalves.