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Computação em nuvem democratizou analytics

Tanto é assim que empresas de e-commerce estão usando os dados para identificar quebra de vendas e utilities usam drones para manter as redes de alta tensão. "Em pouco tempo, as aplicações corporativas terão alguma forma de IA e analytics embutidos", diz Luiz Malere, especialista do SAS.

A computação em nuvem já impactou diversas áreas de negócio e,agora, tem sido chave para colocar ferramentas de análise ao alcance de todos. “A nuvem veio para mudar muita coisa. Analytics, nos primórdios, era muito caro e muitas empresas não tinham acesso ao poder de processamento ou à capacidade de storage necessários. Com a nuvem, você pode usar isso como serviço; ela democratizou o analytics e abriu possibilidade para empresas de qualquer  tamanho terem acesso a esta tecnologia”, enfatizou Christiano Faig, vice-presidente de vendas e soluções na Microsoft Brasil, ao participar do painel “A jornada do analytics na nuvem”, com a presença de André Miceli, moderador, e de Luiz Malere, Cloud & XaaS Specialist do SAS.

Faig destacou que a nuvem é a plataforma que tem ajudado as organizações a alcançarem algo que sem essa plataforma não conseguiriam. “Isso em analytics é muito claro, porque, ao pagar pelo uso, não se preocupa com espaços físicos ou picos. A nuvem é catalisador de inovação para muitas empresas”, ressaltou o executivo da Microsoft.

A computação em nuvem aparece em um cenário no qual há uma proliferação de analytics embutidos em diferentes aplicações de negócio. “De acordo com institutos de pesquisas, até 2025, 80% das aplicações corporativas terão alguma forma de IA e analytics embutidos”, assinalou Luiz Malere, do SAS. Segundo ele, o embarque em analytics fica mais rápido quando é utilizada a nuvem, devido ao grande volume de dados — para o qual a elasticidade da cloud é essencial.

A democratização do analytics permite que alguém com background de computação consiga fazer analytics avançado sem necessariamente programar, explicou Malere. Assim, a democratização passa pela experiência do usuário, com plataformas amigáveis e integração agnóstica com dados. Além disso, ele também apontou que, em decorrência dessa democratização, cada vez mais analytics estará embarcado em soluções de negócio e com uso facilitado.

“Tem algumas empresas que criam centros de excelência e têm especialistas que o que fazem é democratizar o analytics dentro das áreas de negócios, instrumentando grupos de área de negócio para entregar análises de forma rápida e que faça sentido para os negócios”, explicou. “Com advento da nuvem e ferramentas amigáveis, é possível embarcar mais perfis e, quando tenho mais diversidade de perfis, as análises ficam mais ricas e abrangentes”, completou.


Falando sobre impactos da pandemia da covid-19, os executivos apontaram que houve um processo de amadurecimento com muitos varejistas e indústrias pequenas e médias passando a usar ferramentas de análise. Tem havido, segundo Malere, um reconhecimento acerca da importância da ciência de dados e do uso da inteligência artificial sendo aplicados no dia a dia.

Como exemplo, Chris Faig, da Microsoft, citou empresas de e-commerce usando para identificar quebra de vendas e reposição de estoque; agribusiness usando para pegar dados de colheita e clima, para fazer cruzamentos para ver previsão de lavouras e secas; drones munidos de IA para acompanhamento de redes elétricas no Brasil para ver como estão os transformadores de alta pressão, além de imagens de satélite para a parte de agricultura com identificação de pragas em lavouras.

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