Computação em nuvem híbrida está cada vez mais estratégica na borda
“Estamos vendo crescimento enorme de dados na borda e a diferenciação pode ser obtida trazendo e a análise de dados para perto de onde os dados são criados”, apontou Stefanie Chiras, vice-presidente sênior da Red Hat e gerente-geral da unidade RHEL, durante coletiva de imprensa com jornalistas da América Latina, na qual executivos da companhia revelaram os principais anúncios do Red Hat Summit 2021, realizado nos dias 15 e 16 de junho. Além de expandir a computação em nuvem híbrida para a borda, a empresa aposta na aceleração das operações de nuvem híbrida em escala e na introdução de serviços gerenciados de nuvens.
Edge computing está em alta. E, por isso, nada mais natural que legar a estratégia de nuvem, aberta para a ponta. “Colocamos recursos e features em nossos produtos que permitem casos de usos na borda, inclusive, você precisa atualizar e não tenha conectividade constante, lugares onde talvez você não consiga uma pessoa para fazer essas atualizações. Portanto, há alguns requisitos exclusivos que a borda apresenta e incorporamos recursos e adicionamos funções aos nossos produtos para garantir que eles atendam a essas necessidades”, explicou a executiva.
A companhia aproveitou o Red Hat Summit para apresentar o Red Hat Edge, um portfólio que cobre as estratégias para nuvem híbrida e aberta da Red Hat. Além disso, o Red hat Enterprise Linux 8.4 adicionou capacidades sob medida para colocar as cargas de trabalho na ponta por meio de contêineres. “Isso representa é um amplo foco de portfólio para expandir nossa nuvem híbrida aberta até a borda e atender às necessidades desses requisitos, e estamos trabalhando com vários setores para abordar isso”, disse Stefanie Chiras, completando que o RHEL 8.4, também visa a atender às necessidades da borda.
Engajamentos
Questionada acerca da tendência de levar o processamento para a borda, a gerente geral da unidade RHEL explicou que edge é muito diversificado e pode significar muitas coisas para pessoas diferentes, dependendo de com quem você fala. “Eu diria que nós temos um engajamento de visão ampla de borda. Estamos no mercado de telecomunicações há muito tempo e esse mercado é, sem dúvida, onde estamos vendo uma verdadeira aceleração em edge, com todos os avanços das indústrias 4.0, internet das coisas e 5G”, apontou.
Para ela, a indústria das telecomunicações está empurrando os limites do que a borda pode fazer. Na indústria 4.0, Stefanie Chiras falou do uso em manufatura, para, por exemplo, fazer a inspeção usando inteligência artificial e machine learning no chão de fábrica. Mas ressaltou que a base principal em edge tem sido amplamente focada em telecomunicações, o que ajuda a Red Hat a estabelecer uma base de conhecimento e poder expandir para outros segmentos. Outro setor que está no radar é o automotivo. “Esse realmente é um espaço novo; a indústria automotiva está em sua transição, está passando por uma mudança na qual o sistema operacional estará no veículo. Isso exigirá alguns ajustes”, disse.
Com relação ao estágio de adoção da computação na borda, a executiva explicou que depende da indústria e ressaltou o potencial de edge. “Você está fazendo coleta e agregação de dados na borda, está fazendo análise, na borda, está realmente agindo e tomando decisões na borda. Então, há diferentes maneiras de os clientes obterem valor ao fazer seus cálculos na borda. Vemos que temos muitas variações da perspectiva de adoção. Um tipo de empresa corporativa tradicional ainda está razoavelmente nascente, mas você verá verticais específicas sendo mais agressivas. E vamos começar a ver isso aumentar. A borda é diversa e por isso se torna uma ótima candidata para a nuvem híbrida aberta. E isso se encaixa diretamente em nossa estratégia”,completou a vice-presidente sênior e gerente geral da unidade de negócios do RHEL na Red Hat.