Consumo de nuvem pública tem alta de 30% no Brasil
O gerente de pesquisa e consultoria no segmento corporativo da IDC, Luciano Ramos, observou durante divulgação e estudo sobre a retomada do mercado de TIC após a Covid-19, realizada nesta semana, que alguns fatores favorecem as soluções de nuvem, como o aumento do ecossistema de empresas capazes de ajudar a migração de clientes, a mudança na mentalidade para maior foco em iniciativas de transformação digital e novas ofertas que vão de encontro a essa necessidade de atuação em ambientes híbridos.
“Hoje é difícil pensar em alguma iniciativa de tecnologia que não considere cloud como um de seus componentes. Isso se traduz no crescimento acima de 28% da cloud pública, e acima de 30% se considerarmos Iaas e Paas somada”, apontou Ramos. Na base dos números de 2020 e da tendência para os próximos anos está o deslocamento de, pelo menos, parte do trabalho do escritório para o ambiente doméstico, para quem teve condições de fazê-lo. Isso afetou o mercado de dispositivos, com relevância especial para os notebooks, e a própria forma de comercialização.
O levantamento da IDC mostra ainda que as empresas, entre elas as brasileiras, redescobriram suas áreas de tecnologia da informação. Só precisou uma crise sanitária de escala global e medidas de isolamento sem precedentes que empurraram, para quem pode, o trabalho para fora do ambiente corporativo. A consultoria relata que entre 20% e 25% das empresas estão ampliando seus orçamentos em 2020 comparado com o ano de 2019. E 40% das empresas sinalizam que terão orçamento superiores a 2020 em 2021.
A IDC recomenda no curto prazo que as empresas invistam em tecnologias que tornem os negócios mais resilientes, como inteligência artificial e automação, e mantenham a TI próxima de todas as áreas de negócios. Além disso, que ofereçam maior flexibilidade da TI, expandam o autosserviço e adaptem os serviços para atender a demanda e necessidade atuais, mantendo um processo de melhoria constante.