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Data centers da Dataprev conquistam certificação internacional

A Dataprev alcançou, no final de 2016, a certificação Tier III em design para os data centers do Rio de Janeiro e de São Paulo. O selo é conferido pelo UpTime, organização internacional que atesta o atendimento a requisitos específicos de segurança e disponibilidade da infraestrutura de Tecnologia da Informação e Comunicação. Um data center Tier III não interrompe as suas operações para substituir equipamentos ou realizar serviços de manutenção.

“Essa é a evolução de todo o investimento que a empresa vem fazendo em sua infraestrutura nos últimos anos. Os nossos data centers já foram concebidos para operar em Tier III desde o projeto de modernização. É uma certificação importante para mantermos o nosso maior patrimônio, que são as informações do estado brasileiro, de forma segura”, afirma o diretor de Tecnologia e Operações da empresa, Daniel Darlen.

A iniciativa deve se estender para o terceiro data center da empresa, em Brasília. A empresa do governo investiu cerca de R$ 400 milhões em três anos na modernização do parque de TI. Helton Moreira, superintendente de Operações, explica que a certificação garante que a infraestrutura do data center está preparada para suportar todos os sistemas e subsistemas nele instalados por, no mínimo, 99,982% do tempo no ano.

Ou seja, a soma das ocorrências durante um ano não pode ultrapassar 1.6 horas. “Para sustentar um ambiente de tão alto nível de disponibilidade, além das adaptações físicas que porventura venham a acontecer para se alinhar aos requisitos do UpTime Institute, ainda há grande intervenção no modelo operacional das equipes de sustentação e suporte, preparando os times para lidar com os novos processos exigidos pela certificação”, destaca Helton Moreira.

A certificação Tier III engloba três etapas. Nesta primeira fase, avalia-se o projeto (ou design), que deve ter requisitos mínimos, como um sistema redundante de refrigeração e eletricidade, além de outras características técnicas. Por fim, após toda a instalação e infraestrutura organizadas, o processo operacional será analisado. É preciso seguir padrões rígidos de segurança e controle. Novamente, o instituto realiza uma auditoria e, ao passar por esse crivo, é concedida a certificação de operação, última etapa de todo o processo. “Vamos continuar avançando para o nível de facility e buscar a certificação de operação”, ressalta Darlen.


Para o assessor da Diretoria de Tecnologia e Operações, Elias Mussi, este foi um grande avanço. “É um passo gingantesco para a empresa porque qualifica que os data centers foram desenhados no melhor padrão. A certificação vem carimbar esse padrão: buscamos uma melhor infraestrutura, melhor qualidade de trabalho, melhor segurança para os nossos clientes. Um trabalho de equipe que envolveu várias áreas, como engenharia e suporte de data centers”.

O sucesso do projeto depende da integração estreita entre as áreas de facilities (engenharia, logística) e as equipes de TIC. São equipes que trabalham para que todos os recursos de infraestrutura funcionem 24 horas, sete dias por semana, ininterruptamente, com índices altíssimos de disponibilidade.

Ambientes blindados

Após as obras de modernização, nenhum data center da Dataprev interrompe mais suas atividades para manutenção que, antes, exigiam paradas programadas até quatro vezes no ano. Esta é uma característica importante dos ambientes da empresa, e um dos pré-requisitos centrais para a certificação Tier III. O ato de desligar e religar o computador envolve sempre o risco de provocar instabilidades internas. Agora, a manutenção nas instalações é feita sem desligar os servidores, porque há redundância e duplicidade tanto na rede de energia quanto na de refrigeração.

Isso significa que os data centers da Dataprev, onde estão servidores de alto desempenho, dispositivos de rede, sistemas de armazenamento de dados e aplicações críticas e estratégicas, têm, atualmente, um ambiente controlado, em que temperatura e corrente elétrica não se alteram. Em caso de falta de energia, as salas-cofre continuam sendo refrigeradas.

Nas salas-cofre estão os principais equipamentos e sistemas dos data centers. Elas são construídas segundo especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e blindadas contra fogo, calor, fumaça, inundação etc. Sensores internos monitoram temperatura e umidade do local, e transmitem as informações para os pontos de controle.

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