Edge computing ganha tração e avança nas empresas na América Latina
A computação de borda, a biometria e a robótica avançada são as três tecnologias com maiores níveis de adoção na América Latina, atesta estudo feito pela Harvard Business Review Analytic Services, em parceria com a NTT DATA, com companhias da região. O maior obstáculo apontado foi a escassez de talentos. O estudo, feito com 316 executivos da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Peru e México.
A computação de borda (edge computing), que aproxima a inteligência de processamento de onde os dados são gerados e consumidos, é a tecnologia emergente mais utilizada pelas organizações da região, com uma adoção de 65%, aplicada em geral para que as empresas possam ganhar velocidade e escalabilidade em ambientes cada vez mais distribuídos.
Em seguida desponta a biometria (63%) — com o objetivo de fortalecer a segurança –, a robótica avançada (60%), aplicada principalmente a soluções da indústria, a realidade virtual e aumentada (56%), 5G (55%) e a inteligência artificial (54%). Alguns degraus abaixo, aparecem blockchain e moedas digitais (49%), o metaverso e a computação quântica, ambas com 45%.
A necessidade de aumentar a produtividade é o principal motivo que direciona os investimentos em tecnologias emergentes. Metade dos entrevistados mencionou isso diretamente, juntamente com a necessidade de reduzir os custos produtivos. Logo abaixo aparecem outros aspectos também ligados à busca por maior produtividade, como a melhoria da eficiência da produção (46%) e a otimização de processos empresariais para uma tomada de decisão mais rápida (40%).
Do ponto de vista dos obstáculos, os mais relevantes são a escassez de talento e a falta de experiência e o déficit de competências (73%). Embora seja uma questão global, as empresas latino-americanas têm o desafio adicional de, em um cenário em que predomina o trabalho remoto, terem que competir por talentos com organizações de todo o planeta. Outras barreiras são a dificuldade para integrar as soluções à infraestrutura de TI existente (34%) e a falta de recursos financeiros para investir em treinamentos ou nas próprias tecnologias (31%). Também é citada a conscientização da camada executiva para que entendam como impulsionar uma tecnologia emergente dentro da organização.
Em termos de liderança, as áreas de TI continuam sendo fundamentais na identificação das soluções que melhor se adaptam aos objetivos estratégicos da organização: em 65% das empresas, a decisão dos projetos passa pelas mãos dos executivos de C-level dessa área, que, além de lidar com os objetivos tecnológicos, também são responsáveis pelos propósitos do negócio em suas decisões. No entanto, cresce o envolvimento dos executivos do mais alto escalão, como CEOs e diretores gerais e já atinge quase a metade dos casos. O estudo completo Impulsão da adoção de tecnologias emergentes na América Latina está disponível neste link.