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Embrapa: analytics une confiabilidade ao menor custo

Com análise de dados foi possível identificar de maneira mais rápida e com custo menor como diferentes manejos agrícolas impactam o meio ambiente.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) usou o analytics para ter maior acurácia em estudo sobre a identificação da curva de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) em culturas agrícolas. Com o uso do software do SAS, foi possível identificar de maneira mais rápida e com custo menor como diferentes manejos agrícolas impactam o meio ambiente, sugerindo possibilidades e alternativas mais eficazes na redução de GEE na atmosfera.

O estudo em questão, conduzido pelos pesquisadores Alfredo José Barreto Luiz e Magda Aparecida de Lima, da Embrapa, mediu a emissão de GEE utilizando como base culturas de arroz inundado. Para identificar os efeitos no meio ambiente, utilizaram o teste não paramétrico de Kolmogorov-Smirnov (KS) para comparar eventos com respostas ao longo do tempo. O teste KS foi escolhido como alternativa ao procedimento de Análise de Variância (ANOVA), tradicionalmente usado. A partir das informações coletadas, os pesquisadores utilizaram a tecnologia do SAS para mensurar e analisar os dados.

Barreto Luiz explica que um dos objetivos da estatística e dos métodos quantitativos aplicados à pesquisa científica em geral – e na pesquisa agropecuária em especial – é possibilitar a obtenção de resultados confiáveis com o menor custo. Ou seja, segundo ele, não adianta oferecer uma solução muito precisa se ela custar muito trabalho e dinheiro.

“Não só o KS pode ser utilizado de uma forma não ortodoxa para melhor comparar dados de emissão de Gases de Efeito Estufa pelas atividades agrícolas no tempo, por diferentes manejos, mas muitas outras rotinas disponíveis no sistema possuem potencial para reduzir gastos e prazos na pesquisa, com resultados benéficos para a agropecuária brasileira”, afirma o pesquisador da Embrapa.

O pesquisador ressalta que só foi possível alcançar esse resultado graças ao apoio do uso de tecnologia analítica. “A análise ideal é aquela que demanda menos tempo, menos trabalho e menos recursos para chegar a um resultado com confiabilidade conhecida. Nesse sentido, uma ferramenta confiável e que colabore para facilitar a análise dos dados é fundamental”, observou Barreto Luiz.


A importância de estudos como esse vai ao encontro do próprio esforço da comunidade científica no Brasil em reduzir as emissões de GEE. Segundo o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), 73% das emissões brasileiras são provenientes de atividades agropecuárias. Promover pesquisas com aplicação de métodos alternativos que utilizem tecnologias de análises de dados como apoio são essenciais para fornecer soluções que ajudem no combate de redução dos gases de efeito estufa, segundo aponta o pesquisador da Embrapa.

“Podemos e devemos desenvolver tecnologias que permitam reduzir a emissão de GEE a cada saca de café produzida, por exemplo, ou a cada arroba de carne ou algodão”, explica Barreto Luiz. “Ao expor a emissão em relação à produção, isso pressupõe imediatamente que temos de fazer cálculos, criar métricas, gerar análises quantitativas e estatísticas. Nesse sentido, é necessário que tenhamos à disposição equipes e equipamentos capacitados para analisar os dados das pesquisas e realizá-las da forma mais eficiente e confiável”, complementa o pesquisador.

 

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