Embratel projeta 16 micro datacenters para edge computing
O edge computing – computação de borda – desponta como uma porta de entrada para suportar os dados que virão com o 5G. Informações do mercado citam que, até 2023, 73% dos dados móveis serão baseados em conteúdo de vídeo e haverá 30 bilhões de dispositivos conectados pelo mundo. O tema foi debatido no Futurecom 2019, que aconteceu de 28 a 31 de outubro, em São Paulo.
Uma das operadoras que mais se prepara para o edge computing é a Embratel, que mantém datacenters tradicionais no País, mas já possui três micro datacenters e planeja chegar a 16, o mais rápido possível. A gerente de Desenvolvimento de Produtos da companhia, Diuliana França, explicou que a aposta das empresas se dá por conta da demanda do mercado. Ela lembrou que, hoje, 91% dos dados são processados de forma centralizada em datacenters tradicionais. No entanto, até 2022, a previsão é de que 75% dos dados deverão ser processados na origem, ou seja, em micro datacenters, porque aplicações de IA e IoT, por exemplo, exigirão respostas autônomas e mais inteligentes.
“A variável latência vai ganhar relevância por causa desse tipo de aplicação e por isso vamos precisar desse tipo de entrega”, afirmou. Diuliana disse que, neste contexto, a Embratel pretende tirar proveito de sua rede e de sua capilaridade nacional para desenvolver sua própria rede de micro datacenters. A estas estruturas, a companhia pretende agregar armazenamento e inteligência. Para Diuliana França, da mesma forma que a computação em nuvem alavancou a transformação digital, a Internet das Coisas será estimulada pelo edge computing. “Ele vai fazer com que este mercado seja fomentado e que a inteligência das coisas se torne realidade.” Assistam à entrevista com Diuliana França, da Embratel.