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Empresas erram na estratégia de valorização dos seus dados

De acordo com o estudo 2020 ISG Provider Lens™ Analytics – Solutions and Service Partners para o Brasil, divulgado pela TGT Consult, as empresas com melhores soluções de analytics foram capazes de melhor se adaptarem às adversidades trazidas pela pandemia. A Covid-19 impulsionou empresas à transformação digital, com o uso cada vez maior do comércio eletrônico e de chamadas de conferência, por exemplo.

Tais rápidas mudanças forçaram empresas a revisarem seus planos financeiros e ajustar estoques e planos de produção para se adequar à demanda. Nesse caso, o uso de um modelo matemático preditivo do volume dessa demanda ajudaria a empresa a evitar gastos desnecessários. Outro uso apontado pelo relatório seria para detecção de fraudes por meio de análise de dados, ou até mesmo o uso de programas de segmentação, como aqueles usados por grandes varejistas para identificar os padrões de compras dos clientes.

O assunto de data analytics tem se tornado extremamente importante nos debates de tecnologia da informação, já que as novas práticas da área têm revolucionado empresas. De acordo com Marcio Tabach, autor da pesquisa e analista da TGT Consult, as empresas precisam dar o valor necessário para dados. “Os dados que as empresas coletam devem ser vistos atualmente como um ativo. Se as empresas implementarem uma estrutura de tecnologias, processos e pessoas para extrair insights sobre estes dados, elas terão condições de gerar valor a partir deste ativo.” As empresas que adotam essa abordagem de dados são chamadas de data driven organizations.

Tabach também comenta que os usos da análise de dados não acabam por aí, pois a inovação não para e cada nova descoberta exige uma nova aplicação para o data analytics. O investimento pode, inclusive, ser uma forma de alavancar os negócios da empresa. “A gente sabe que o mercado financeiro tem apostado mais em empresas que incorporam a ciência de dados em seus processos”, explica.

Segundo ele, quando há a implementação de ferramentas de análise de dados, problemas da empresa começam a ser solucionados por meio da tomada de decisões baseadas nos processos de analytics. “Os problemas que são abordados pelo analytics passam desde a simples disponibilização dos dados em toda a organização de forma fácil e interativa, até projetos complexos de ciência de dados com análises altamente sofisticadas, utilizando algoritmos de aprendizado de máquina, por exemplo.”


O desafio para as empresas é entender que a contratação de prestadores de soluções e serviços únicos não é ideal. É preciso pesquisar e conhecer os fornecedores e compreender que a governança de dados é uma cadeia completa e deve ser tratada como tal. “O principal erro que os gestores cometem é de fazer uma demanda pontual ao invés de ter uma visão completa desse processo e procurar um parceiro de tecnologia que possa dar conta dessa jornada completa.”

A pesquisa indica que a posição das empresas nacionais em comparação com as empresas líderes no resto do mundo é bastante variada, provando que o mercado brasileiro é muito particular. O estudo foi realizado concomitantemente no Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e nos países nórdicos. “Vimos empresas líderes nos Estados Unidos ou na Alemanha muito incipientes no Brasil. E nós vimos empresas também que no Brasil ocupam uma posição de liderança, e que nesse outros países estão atrás”, exemplifica.

Segundo o autor, estes resultados foram surpreendentes. “Algumas grandes empresas de tecnologia internacionais que têm operações significativas no Brasil estão muito reativas a esse serviço”, explica. “Elas podem ter um conhecimento e uma estrutura importantes nessa área, mas estão sediadas fora do Brasil e aqui no país tem uma capacidade muito limitada”, finaliza.

O relatório 2020 ISG Provider Lens™ Analytics – Solutions and Service Partners para o Brasil avalia as capacitações de 40 fornecedores em seis quadrantes: serviços de ciência de dados, serviços de engenharia de dados, serviços de infraestrutura e integração em nuvem de dados, serviços de gerenciamento do ciclo de vida de dados, plataformas de auto serviço de analytics e B.I. como serviço e soluções de relatório de analytics.

O relatório aponta a IBM como líder em cinco quadrantes e Accenture, Deloitte, Ernst & Young e Sonda como líderes em quatro. Keyrus, Qlik, SAP, Stefanini e Tableau são indicados como líderes em dois quadrantes, e Infosys, Microsoft, Oracle e SAS são indicados como líderes em um.

Além disso, a Deal foi nomeada Rising Star – empresa com “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG – em dois quadrantes. Google, Hitachi Vantara, Keyrus, Splunk e Wipro foram nomeados Rising Stars em um quadrante.

Uma versão customizada do relatório pode ser acessada nesses endereços:

http://estrategiadigitalendtoend.com/

https://conteudos.unisoma.com.br/isg-provider-lens

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