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Equinix: No Brasil, mais de 80% das empresas ainda têm data center in house

Ser o peering privado do Brasil não significa ser um concorrente direto do PTT do NIC.br, afirma o presidente da Equinix, Eduardo Carvalho. Segundo ele, há espaço para os dois modelos de atuação e o grande mercado da Equinix são as corporações, o mercado enterprise. “Banda Internet é um recurso escasso e caro. As empresas estão cada vez mais cientes disso e buscam a interconexão”, reforça.

Com a interconexão como mote de negócios no Brasil, a companhia anunciou a expansão do Equinix Internet ExchangeTM para todos os IBX data centers de São Paulo. A plataforma da Equinix permite às empresas, operadoras e provedores de conteúdo, troca de tráfego de forma otimizada e eficaz. Com essa expansão, a empresa se consagra como o primeiro data center a viabilizar que empresas e provedores troquem tráfego tanto em redes públicas, como privadas, em um mesmo ecossistema.

A plataforma traz alguns diferenciais relevantes. Primeiramente, empresas e provedores podem trocar tráfego dentro de uma infraestrutura carrier-class. Além disso, o cliente irá experimentar tempo de ativação e velocidade de atendimento agressivos, uma infraestrutura mais resiliente e independência para gerir a plataforma – principalmente em relação a capacity e troubleshooting.

A estrutura está disponível no Brasil pelos data centers da Equinix localizados em São Paulo, região com maior o maior volume de tráfego em comparação a outras áreas metropolitanas, de acordo com os dados disponibilizados pelo IX.br. Enquanto todo o tráfego do Brasil chega a 4Tbps, só São Paulo é responsável por 3Tbps, ou seja, 75% do tráfego nacional.

Atualmente, a Equinix detém 30% do tráfego total disponível no IX.br de São Paulo.  Entre os atuais clientes, estão as principais operadoras do país, grandes provedores de conteúdo e provedores de serviços de Cloud como Google, Amazon, Microsoft, Facebook, Akamai, entre outros.


Para Eduardo Carvalho, o mercado de data center tem muito para crescer no Brasil, até porque aqui, mais de 80% das empresas ainda têm data center in house e apenas 15% estão com suas infraestruturas em data centers. “Tenho convicção que, hoje, os bancos não teriam feito seus próprios data centers. É muito caro manter”, afirma.

No momento, não há planos de expansão para fora do eixo Rio e São Paulo. “Não temos planos para a região Nordeste. Estamos olhando o interior de São Paulo, especialmente, a região de Ribeirão Preto. Seria ótimo se o regime especial do governo, previsto para atrair a instalação de datacenters saisse do papel. Há muita demanda”, completa.

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