Grupo Globo armazena 12,6 petabytes e reforça proteção contra hackers
Garantir a integridade do capítulo da novela em 4K do dia seguinte. Essa é uma das missões prioritárias do combate aos ataques cibernéticos no Grupo Globo, conta o gerente de produtos da área de soluções de mídia, Marcelo Fontana. A companhia construiu um media lake com a Dell para conseguir trabalhar, em tempo real, com videografismo, colorização, finalização e avaliação, contou o executivo, que participou do Dell Fórum, realizado no Brasil, no dia 14 de setembro, em São Paulo.
“Nós fizemos uma padronização no storage. Os nossos dados são replicados em vários clusters para tranquilizar numa recuperação de desastre e para garantir o trabalho em tempo real com a tecnologia 4K”, ressaltou Fontana. Hoje a Globo armazena 12,6 petabytes. Em 2019, esse montante era de 8,6 petabytes. “O mais importante não é só armazenar. Mas permitir que a recuperação do dado para se fazer o trabalho”, observou. A Dell concorreu com a Quantum, mas foi a escolhida, exatamente, por ter na sua solução a capacidade de proteção aos ataques cibernéticos.
“Quando optamos por trocar a nossa infraestrutura, queríamos algo que quase não existia no mercado. Nós fomos à Lightstorm, do James Cameron, nos Estados Unidos, para ver a usada por eles. “Produzir uma novela em 4K demanda muito dado todo dia. Tinha de ser algo capaz de atender a nossa demanda e o PowerScale da Dell nos permitiu fazer a migração e nos concentramos no negócio da Globo que é produzir conteúdo”, completou Fontana.
Indagado sobre ataques cibernéticos, Marcelo Fontana disse que a segurança é elo crucial na produção da tecnologia. “Nós não podemos correr o risco de perder o capítulo do dia seguinte da novela. Por isso, ter uma recuperação de desastre de ponta é essencial. Os ataques acontecem, mas cabe a nós saber lidar com eles e reduzir ao máximo qualquer impacto negativo”, completou Fontana. O valor do contrato entre Globo e Dell não foi revelado pelas partes.