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Huawei une IA, nuvem e conectividade por transformação digital no campo

Sol Internet e Claro são parceiras na iniciativa para levar mais conexão e inteligência ao campo.

A Huawei, em cooperação com a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI) e parceiros locais, vai promover inovação e a aplicação da tecnologia de Inteligência Artificial no setor agrícola na América Latina, visando facilitar a transformação digital da agricultura na região. O anúncio foi realizado durante a mesa redonda Agricultura Inteligente no MWC Barcelona 2024.

A ação é uma sequência da criação da Aliança Global para Inteligência Artificial na Indústria e na Manufatura, criada pela ONUDI e pela Huawei, em parceria com outras empresas internacionais, para tornar, globalmente, a IA como uma plataforma de melhores práticas industriais. O evento contou com a participação da Claro, parceira da iniciativa. Também contou com a participação do diretor de Desenvolvimento Industrial da ONUDI, Farrukh Alimdjanov.

Segundo ele, “o 5G, combinado à IA e à computação em nuvem, cria um valor diferenciado para a agricultura e para a indústria principamente para o aumento da produtividade em um momento que o mundo precisa produzir mais e de forma mais eficiente e racional em função do momento climático do planeta”.  O CEO da companhia de energia energética da Jamaica, Nigel Davy, participou do evento, e sustentou que o país já conseguiu reduzir em 30% o seu gasto com eletricidade a partir do uso de sistemas inteligentes de geração de energia fotovoltaica, trazendo uma economia de mais de 1 milhão de dólares para o governo.

Atílio Rulli, vice-presidente de Relações Públicas da Huawei para a América Latina e Caribe, reforçou que a conectividade é o primeiro passo para alcançar a transformação digital e a atualização do setor agrícola. O executivo lembra que o IoT, IA e nuvem vão acelerar a produção e o projeto da Huawei é o de permitir a transformação digital em um segmento tão essencial na região. 

Para Marcio Carvalho, CMO da Claro, um dos parceiros da iniciativa, o que gera valor ao campo e ao produtor não é a máquina conectada. Mas com ter a capacidade de gerar dados para ter a informação de forma mais inteligente. Uma das ações da operadora é estimular o surgimento de agritechs, como forma de fortalecer o ecossistema. “Transformação digital vai muito além da conectividade”, sustentou o executivo.


Um dos parceiros do projeto é a startup Sol Internet of People. A empresa planeja terminar o ano com cerca de 20 milhões de hectares cobertos com conectividade, a partir de um parque com até 800 torres, conta o CEO da Sol, Rodrigo Oliveira. Parte do grupo RZK (que atua em segmentos como geração e comercialização de energia, agronegócio e empreendimentos imobiliários), a Sol é para todos os efeitos uma operadora de torres, reconheceu Oliveira. Mas no modelo, os produtores rurais cedem terrenos para instalação das estruturas de forma não onerosa, tendo como contrapartida não apenas a conectividade, mas também serviços de valor agregado.

Segundo Oliveira, trazer novas utilidades para a rede agrega valor à conectividade. Só pelas pessoas fica complicado dar retorno financeiro à operação de telecomunicações. “A modelagem de negócios é diferente e está dando certo. Tem de unir pessoas, coisas, aplicações. Temos de colocar as melhores tecnologias pensando nas pessoas”, observa. Há um tráfego muito grande de IoT, de M2M, mas são as pessoas – sem conexão – que estão incrementando o consumo a partir do momento que há uma conectividade estável. O CEO da Sol Internet é taxativo: ainda há muito por crescer o consumo de Internet das Coisas no Brasil.

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